Seguro propõe "nova coligação" para devolver "esperança" a Portugal

Líder do PS diz que não chega mudar de Governo.

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Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues e Manuel Alegre na comemoração do 40.ª aniversário do PS Sérgio Azenha

Arrancando aplausos aos cerca de mil militantes que jantaram no Pavilhão dos Olivais, em Coimbra, Seguro fez aquele apelo à união depois de defender a luta contra “a destruição do Estado Social" e a recuperação “dos valores da liberdade, da fraternidade e da solidariedade”. “Não deixaremos nenhum português para trás”, repetiu, como um slogan, ao longo de um discurso em que acusou o Governo de estar a fazer “experimentalismo social”.

Antes já se demarcara da actual situação do país e sugerira que, se o PS tivesse sido ouvido há ano e meio, “os portugueses teriam sido poupados a muito sofrimento”. “Não tinha de ser assim”, insistiu, referindo-se “à espiral recessiva”, “ao desemprego”, “às injustiças”, à “desigualdade”, e depois, longamente e pormenorizadamente, “aos portugueses que não têm dinheiro para pagar a comida, a renda da casa, o gás, a luz, os transportes”.

O líder socialista lamentou ainda que nesta altura Portugal já não dependa apenas de si próprio, e admitiu que “já não basta mudar de Gverno” , para defender a necessidade de  lutar por “mudanças na União Europeia”.

Um dos momentos de maior emoção no jantar foi provocado por Mário Soares, que esteve presente através de uma mensagem gravada em vídeo e projectada em dois ecrãs gigantes. O "militante nº1 do PS" disse-se "muito preocupado com Portugal" e apelou a todos os socialistas para que "se batam contra a troika e contra os mercados e a favor das pessoas". "Este gente só pensa em dinheiro, não pensa nas pessoas - com ela não vamos a lado nenhum", insistiu.

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