Seguro faz duras críticas às políticas de austeridade do Governo

"Que Governo é este? O que estão lá a fazer? Chega, chega!”, disse o secretário-geral do PS em Barcelos, na apresentação da candidatura socialista à autarquia.

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"Que Governo é este? O que estão lá a fazer? Chega, chega!”, disse Seguro Rui Farinha

“Espero que o primeiro-ministro, que me desafiou para explicar em concreto em que consiste essa alternativa, esteja presente nesse debate e debata comigo aquilo que é, nem mais nem menos, o futuro do nosso país”, referiu Seguro.

Falando em Barcelos, durante a apresentação da recandidatura de Miguel Costa Gomes à Câmara local, o líder socialista sublinhou que “é impossível continuar” com o rumo da actual governação, porque os portugueses chegaram “a uma situação insustentável”.<_o3a_p>

“Os portugueses não podem continuar a fazer tantos sacrifícios. Não aceitamos mais nenhuma medida de austeridade, nem que seja um pacote de 800 milhões chamado plano B, nem mais 4 mil milhões de cortes nas funções sociais do Estado. Não aceitamos, não aceitamos”, repetiu.<_o3a_p>

Seguro disse que a “política de austeridade custe o que custar” seguida pelo Governo “falhou a toda a linha”, tendo resultado “num país que sofre, num país em dificuldade, com portugueses a ficarem para trás”.<_o3a_p>

“Quando se dobra as previsões de austeridade e recessão e o primeiro-ministro vem dizer que estamos no caminho certo, isto já não é só impreparação, isto é já incompetência, inconsciência e falta de respeito para com os portugueses”, acrescentou. No mesmo tom, questionou “que credibilidade” tem este Governo quando “ao fim de 51 dias vem dizer que se enganou, dizer que a economia vai cair o dobro do previsto”.

“Que primeiro-ministro é este? Que ministro das Finanças é este? Que Governo é este? O que estão lá a fazer? Chega, chega!”, reclamou. O secretário-geral do PS defendeu que há uma “linha da dignidade” que “não pode ser ultrapassada” e que “é chegado o momento de dizer à troika e aos credores que assim não é possível continuar”.

 

Na véspera, já Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito que o Governo pagará a factura da austeridade, porque ao pedir esta semana mais tempo à troika para pagar a dívida ficou "sem tempo" para recuperar a tempo de vencer as eleições legislativas de 2015.

"Esta semana ficou patente que todos os calendários políticos do Governo estão mudados e portanto se o Governo sonhava com ter muito tempo para dar a volta para ganhar as eleições, ai esse sonho passou", disse o histórico do PSD aos jornalistas à margem do jantar de apresentação da candidatura do partido à Câmara de Loulé. O sonho do Governo, explicou, era "isto dar a volta em 2012 ou 2013, ter 2014 para chegar a 2015 e ganhar". Mas a realidade mudou: "2013 e 2014 vão ser difíceis".