Rui Tavares recebe apoio da cúpula dos Verdes europeus

Cabeça de lista do partido Livre elogiado pelo trabalho contra a austeridade, pelos direitos humanos e dos refugiados e sentido de responsabilidade da Europa.

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Ruia Tavares lidera o partido Livre Miguel Nogueira

A alemã Ska Keller, candidata dos Vedes à presidência da Comissão, realça a luta de Rui Tavares “contra a austeridade, mas também pelos direitos humanos e dos refugiados” e elogia o seu trabalho no comité das Liberdades e Direitos Cívicos.

O francês José Bové, o outro candidato daquele partido à presidência – os Verdes têm uma liderança bicéfala na qual o Bloco de Esquerda se baseou para a sua estratégia pós-Louçã – incentiva-o a fazer “uma boa campanha”. “A Europa precisa de ti e nós precisamos de bons portugueses que acreditam na Europa porque sabem que todos juntos podemos mudar a realidade! A austeridade não é uma fatalidade, é uma questão política e depende de nós”, afirma Bové.

Rui Tavares foi eleito eurodeputado em 2009 como independente pela lista do Bloco de Esquerda. Devido a incompatibilidades com o então coordenador Francisco Louçã, a quem acusou de “caça ao independente” e de ser incapaz de lidar com opiniões diferentes, deixou a delegação bloquista e o grupo parlamentar Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Verde Nórdica. Passou então a integrar como independente o Grupo dos Verdes/ Aliança Livre Europeia. Depois de ter tentado, sem êxito, uma convergência à esquerda para uma candidatura conjunta ao Parlamento Europeu, Rui Tavares fundou o partido Livre há dois meses para se poder recandidatar, uma vez que só são aceites candidaturas integradas em partidos ou coligações.

O co-presidente deste último grupo, que agrega 55 eurodeputados, realça o contributo de Tavares para o grupo e defende que “o sul da Europa, e Portugal em especial, precisa de uma voz de representação independente, que pensa autonomamente e não só ideologicamente”. Dany Cohn-Bendit deseja mesmo que a lista de Rui Tavares consiga eleger mais duas ou três pessoas, além do actual eurodeputado, de quem diz que “demostrou um sentido de responsabilidade da Europa fora do comum”.

 

 

 

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