Rui Moreira lança manifesto à Câmara do Porto
A candidatura do empresário e presidente da Associação Comercial do Porto deverá ser anunciada no final deste mês.
A candidatura do empresário e presidente da Associação Comercial do Porto, que tem vindo a ser muito pressionado para avançar, ocupando o espaço do centro direita, deverá ser anunciada no final deste mês.
O documento, que será divulgado nesta sexta-feira, intitula-se “Dar o Porto ao Manifesto” e convida as pessoas que “têm vontade de afirmar o Porto como uma cidade influente, em rede com a região” e que desejam uma cidade “cosmopolita, confortável para os mais velhos e interessante para os mais novos” a aderir ao movimento. “Vem fazer parte deste grupo, desta vontade, deste movimento! Manifesta-te, dá um manifesto ao Porto, dá o Porto ao Manifesto”, lê-se no documento a que o PÚBLICO teve acesso.
As principais ideias do manifesto evidenciam uma vontade de “recriar a cidade para todos, juntando a regeneração urbana às políticas sociais e combatendo, sem tréguas, os focos de pobreza”. O texto dá também destaque à importância de “atrair investimento, chamar negócios e gerar emprego”, promovendo a cidade, fora e dentro, como espaço de negócios, iniciativa e concorrência, tendo em conta que “o investimento estatal é cada vez mais escasso e injusto”.
Paralelamente, a “valorização da marca Porto em todas as dimensões, pondo em rede e criando uma aliança estratégica com as instituições universitárias, religiosas, culturais, associativas, desportivas e recreativas da cidade” é outra das ideias do movimento. E porque “somos nós quem faz o Porto”, o manifesto realça ainda a necessidade de “melhorar a qualidade de vida da cidade, combatendo a insegurança”.
Os subscritores não esquecem uma regra de ouro da cidade: as contas à moda do Porto, uma máxima que evidencia a vontade de “consolidar a prática de boas contas (…), respeitando os contribuintes, honrando o bom nome, viabilizando o futuro”. Outra vontade expressa pelos signatários passa por fazer da cidade, um Porto com “voz firme, exigente e sensato à defesa das valências da cidade e da região frente ao poder central, sempre em nome da coesão nacional”.
“Dar o Porto ao Manifesto” é subscrito por centena e meia de pessoas, entre empresários, professores, directores de universidades, escritores, arquitectos, engenheiros e médicos.
Alguns dos apoiantes de Rui Moreira que constam do documento, são personalidades próximas do actual presidente da Câmara do Porto, como Miguel Veiga, Valente de Oliveira, Arlindo Cunha, Carlos Mota Cardoso, Rui Nunes, Miguel Pinto Maria e Miguel Pereira Leite, entre outros.
João Baptista Magalhães, Isabel Ponce Leão, Sebastião Feyo de Azevedo, Pedro Von Haffe, Bernardo Lobo Xavier, Vasco Mourão, Ana Macedo e Silva, Maria Rita Ortigão de Oliveira, Fernando Charrua, Benedita Coelho de Lacerda, Francisco Rocha Gonçalves, António Faria de Almeida , Nuno Gama, e Hélio Loureiro também assinam o manifesto, que apresenta nomes que vão da esquerda à direita.
O nome de Catarina Rocha Ferreira foi retirado desta notícia às 16h55. Catarina Rocha Ferreira é membro do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD e informou o PÚBLICO que não tinha subscrito o manifesto, embora o seu nome se encontrasse no mesmo como o PÚBLICO confirmou. Catarina Rocha Ferreira acrescentou que fez diligências junto dos apoiantes de Rui Moreira para que o seu nome fosse retirado da lista.