RTP/Porto com produção reforçada passa a ser dirigida por Elísio Oliveira

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A RTP/Porto tem novas responsabilidades Foto: Pedro Cunha

 

O elemento da subcomissão de trabalhadores do Porto Luís Miguel Loureiro disse à Lusa, depois da visita do presidente do conselho de administração, Alberto da Ponte, ao Centro de Produção Norte (CPN) da RTP, que Elísio Oliveira, antigo vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e trabalhador no ramo da produção do canal público, já foi apresentado aos trabalhadores, dando-se, também uma “autonomização do orçamento” do Porto.

De acordo com a administração da RTP, o CPN vai ter “um papel fulcral na produção dos conteúdos da RTP2” e vai passar a produzir “no imediato” o programa “Sociedade Civil”, transmitido nas tardes do segundo canal e apresentado por Eduarda Maio.

Para além disso, está por definir um programa diário de modelo nocturno (“late-night”) a ser transmitido depois do jornal das 24, que vai ser reformulado.

“Se se verificarem estes moldes - e acreditamos que sim - estamos perante um desafio, uma espécie de chamada a jogo da RTP/Porto. A RTP/Porto está preparada para ir a jogo e achamos que é uma vitória para a RTP”, disse Luís Miguel Loureiro.

O estúdio C do CPN, onde era produzido até aqui o programa “Praça da Alegria”, vai passar das 25 horas de ocupação semanal atuais para 55, contando com 16 programas em vez dos cinco que produz neste momento, de acordo com a mesma fonte da administração.

“No nosso ponto de vista e dada a relevância da região norte, o envolvimento do Centro com a sociedade civil pode e deve ser mais aprofundado pela participação activa na RTP2. Assim, é intenção das Direcções de Programas e Informação a criação de um conjunto diversificado de projectos diários na grelha de programas da RTP 2 que preencherão o início da noite ou fim de tarde de segunda a sexta-feira”, acrescentou a administração, que esteve hoje reunida quer com a subcomissão de trabalhadores quer em plenário.

A perda de importância dos serviços do Porto dentro da RTP levantou polémica depois da decisão tomada pela administração, em Dezembro, de passar a produzir em Lisboa o programa televisivo matinal “Praça da Alegria”. A decisão levou mesmo os trabalhadores da RTP Porto a promoverem uma vigília.