Reacções à remodelação do Governo
Foram conhecidos os novos ministros do Governo liderado por Passos Coelho.
PS
“Uma dança de cadeiras que em nada contribuirá para inverter a caminhada do país para o empobrecimento. Portugal precisava de uma remodelação de políticas e não de um novo ajustamento entre os partidos da coligação”, apontou o líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho.o Governo agora remodelado “nasce ferido pela carta de demissão de Vítor Gaspar, pelas considerações de Paulo Portas e pela insistência numa ministra das Finanças que perfilha a subjugação à ideia que o programa do Governo é o programa da troika”.
PCP
O deputado comunista João Oliveira defendeu que “a única moção de confiança capaz de recuperar o país” passa pela dissolução da Assembleia da República e pela realização de eleições legislativas antecipadas. “Esta é uma operação de recauchutagem de um Governo que procura legitimar o que já não tem legitimidade e que procura reanimar um Governo que está morto e enterrado”, declarou.
BE
"Hoje é o dia em que a operação de salvação do governo terminou. Algumas caras novas num governo velho, perdido desgastado e em declínio, não alteram o sentido da política que vai continuar a ser praticada, a mesma política de austeridade e recessão e que irá objetivamente provocar os mesmos resultados”, afirmou o líder bloquista João Semedo.
CGTP
“É um Governo recauchutado que no essencial mantém a matriz que tem levado à contestação popular e à descredibilização do Governo e da sua política”, disse Arménio Carlos aos jornalistas. “Não é por acaso que o Governo foge de eleições como o diabo foge da cruz. Dizem que vão apresentar uma moção de confiança na Assembleia da República mas demonstram que fogem do povo porque têm medo de o ouvir”.
UGT
“É tempo de dar uma oportunidade ao novo Governo que aí vem, embora seja uma remodelação mas é uma remodelação com alterações significativas nalgumas pastas”, disse o secretário-geral da UGT, Carlos Silva. “Vamos aguardar que o Governo saiba corresponder ao apelo do Presidente da República, de que é preciso alterar as políticas, e que o Governo saiba olhar para a forma como os parceiros sociais lhe têm estendido o tapete vermelho da negociação e do diálogo”.
CIP - Confederação Empresarial de Portugal
“A energia é uma questão de competitividade nuclear para as empresas e nesse sentido deveria manter-se no ministério da Economia. Lamentamos que tal não aconteça”, afirmou António Saraiva, presidente da CIP. António Pires de Lima, que terá a tutela da Economia, é um nome “interessante”, mas “mais importante que os ministros são as políticas” e as reformas do país que “tardam em ser feitas”.