O vice-presidente do PSD Pedro Pinto disse neste domingo que o pedido de demissão do Governo PSD/CDS-PP que o PCP fez no XIX Congresso “não é surpresa”, afirmando que não são os comunistas que vão fazer a maioria mudar de políticas.

“Eu penso que é um ritual que o PCP cumpre mais ou menos há 36 anos que é o de pedir a demissão dos governos. Não comporta uma surpresa”, declarou Pedro Pinto, em declarações aos jornalistas no final do XIX Congresso do PCP, que terminou neste domingo em Almada.

O vice-presidente do PSD, que representou o partido no dia final do congresso, afirmou que o Governo vai continuar o trabalho e que “não há nenhum partido comunista” que faça mudar a acção do executivo naquilo que a maioria “considera que é a construção do futuro de Portugal”.

“Da nossa parte vamos continuar o trabalho que estamos a desenvolver. A tragédia de que o país esteve à beira obriga a que tomemos medidas que sabemos que são duras, mas serão elas que darão nova esperança e o desenvolvimento a Portugal”, sustentou.

No discurso de encerramento do XIX Congresso, neste domingo em Almada, o secretário-geral reeleito, Jerónimo de Sousa, apontou ainda a falta de legitimidade do actual executivo de Passos Coelho. Uma situação que, segundo o líder comunista, decorre das promessas eleitorias quebradas e das políticas de austeridade adoptadas pelo Governo.