PS divulga questões a que a coligação não respondeu
Socialistas pediram no sábado ao PSD e CDS que revelassem o impacto financeiro das suas promessas eleitorais. Até esta quarta-feira ainda não tinham chegado ao Largo do Rato.
O PS tornou pública esta quarta-feira as “questões” que enviou no passado sábado à coligação – após a primeira reunião – onde revelava quais as contas e números que considerava essenciais para a possibilidade de acordo entre os três partidos.
Para o entendimento, o PS fez saber ao PSD e CDS que dava “prioridade elevada” à revelação do impacto financeiro das medidas constantes no programa eleitoral da coligação. E alertava que a “ausência de clarificação destes pontos dificulta a continuação das conversações iniciadas no dia 9 de outubro”.
Ao que o PÚBLICO apurou, o PS considerava não ter recebido esses dados quando se realizou a segunda reunião ou mesmo ainda durante esta quarta-feira.
Com a justificação de que esssa informação iria “permitir a avaliação das diferentes alternativas políticas, tendo sempre em conta a necessidade de garantir a restrição orçamental a que o país está sujeito”, o PS solicitou aos partidos do Governo que revelasse, entre outras “variáveis”, o saldo orçamental, a dívida pública, a composição do PIB na óptica da despesa, emprego, inflação e as necessidades de financiamento da economia.
Os socialistas pretendiam que Passos Coelho disponibilizasse esses indicadores, tendo em conta o “impacto” que teriam nestes as “medidas incluídas no Programa Eleitoral, não apenas ao Programa de Estabilidade”.
António Costa explicitou depois que tipo de propostas considerava essenciais ver calculadas. Deu como exemplo a “introdução de um plafonamento para as gerações mais novas”, a “revisão dos escalões de abono de família”, a “introdução progressiva de benefícios que premeiem a maternidade”, a aplicação da “reforma a tempo parcial”, ou o “processo de devolução dos hospitais às Misericórdias”.