PS, BE e PCP dizem que regresso aos mercados não resulta de acção do Governo

PS elogiou regresso aos mercados, mas disse que não se pode esquecer o papel do BCE na operação portuguesa.

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PCP acusa Executivo de Passos Coelho de estar a fazer "propaganda" Daniel Rocha

O regresso de Portugal aos mercados e o alargamento dos prazos do pagamento dos empréstimos dominaram as declarações políticas no plenário desta quarta-feira.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, começou por dizer que o regresso de Portugal aos mercados de longo prazo “é uma história mal contada”. “Não é resultado da acção do Governo” nem “resultado da execução orçamental”, disse Catarina Martins, justificando a posição com a descida de juros verificada noutros países. Para Honório Novo, do PCP, a maioria está a fazer “propaganda”.

Elogiando o regresso aos mercados, Pedro Marques, do PS, apontou, no entanto, o “esquecimento” por parte da maioria sobre o papel do Banco Central Europeu (BCE) na operação portuguesa.

Luís Menezes, vice-presidente da bancada do PSD, contrapôs: “É politiquice, é de quem está perdido no labirinto das suas incoerências”.

O deputado explicou o entusiasmo da maioria sobre a operação financeira realizada hoje. “É uma alavanca essencial para as nossas empresas irem aos mercados e é relevante para a capacidade de cedência de crédito no que toca às instituições financeiras”, afirmou, acrescentando que também é importante porque Portugal “se junta à Irlanda e afasta-se da Grécia”.

“Em terceiro lugar, mas não menos importante, é que deve ser visto como uma situação de inversão em que o país mergulhou”, referiu Luís Menezes. Sobre o regresso aos mercados, o deputado social-democrata referiu-se directamente ao “empenho do Governo, do ministro das Finanças e, acima de tudo, de todos os portugueses”.

Mais prudente nas consequências em torno dos resultados dos regressos aos mercados, João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS, lembrou que com a operação “Portugal não resolve todos os problemas”. Para o porta-voz do CDS, “é evidente que os mercados não resolvem os problemas, mas também é evidente que sem o financiamento do Estado esses problemas não se resolvem e são muito maiores”.

 

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