Desde que as medidas foram conhecidas, o CDS-PP – parceiro do PSD na coligação no Governo – tem-se mantido em silêncio. Todos os outros partidos já se pronunciaram.

A hipótese de Paulo Portas demarcar-se das novas medidas – que incluem o aumento da idade da reforma e o despedimento de milhares de funcionários públicos – tornou-se improvável depois de Passos Coelho ter dito, sábado, que o líder do CDS-PP esteve directamente envolvido na sua elaboração.

“No menu de medidas apresentadas, há várias que decorreram do seu empenho pessoal, da sua tentativa de melhorar as propostas dentro do Governo e de tornar as soluções (...) menos penosas para as pessoas”, disse o primeiro-ministro, em Pombal, à margem do almoço comemorativo do 39.º aniversário do PSD. Portas, segundo Passos, tem utilizado “o seu talento para encontrar as melhores soluções”.<_o3a_p>

As medidas anunciadas destinam-se a reduzir em 4800 milhões de euros as despesas do Estado. Entre elas, está o aumento para 66 anos da idade da reforma com pensão integral, a dispensa de 30 mil funcionários públicos e o aumento do seu horário de trabalho semanal de 35 para 40 horas.<_o3a_p>