Portas contra a “glorificação” de Sócrates e Rangel à espera de desculpas do PS
Líder do CDS voltou à campanha. Cabeça de lista da Aliança Portugal indignado com declarações de Alegre.
“Usem o direito democrático à indignação. O que é que isto quer dizer? No domingo saiam de casa, vão votar serenamente e travem esta glorificação de Sócrates”, afirmou o vice-primeiro-ministro, no final de uma visita à fábrica de transformação de bacalhau, em Gafanha da Nazaré, Aveiro.
Lembrando que Sócrates vai participar na campanha do PS, nesta sexta-feira, Portas quis vincar o significado dessa imagem na cabeça dos eleitores. "Eu apelo aos eleitores para pensarem bem quando virem José Sócrates – o homem que chamou a troika, o homem que assinou o memorando, o homem que nos levou ao precipício financeiro e que nos custou toda esta austeridade –, na próxima sexta-feira, ser levado em ombros pelo PS. Pensem bem", frisou.
Dirigindo-se também ao “eleitorado socialista que é gente decente”, Portas sublinhou que o PS não fez a revisão crítica do passado: “Uma coisa era chegar aos portugueses e dizer nós reflectimos, sabemos que cometemos erros e comprometemo-nos a não repetir os mesmos erros. Mas para isso Seguro não podia trazer Sócrates na campanha”.
Rangel exige pedido de desculpas do PS
Paulo Portas visitou a fábrica exportadora de bacalhau ao lado de Paulo Rangel e Nuno Melo. O número um da Aliança Portugal aproveitou para reagir às declarações do histórico socialista Manuel Alegre que o associaram ao discurso nazi. Rangel mostrou-se indignado, repudiou as declarações e exigiu um pedido de desculpas.
“Isto ultrapassou todos os limites”, afirmou, questionado pelos jornalistas, considerando que “em qualquer outro país da Europa” isto teria destaque em todos os media. “Vindo de quem vem exige da parte do PS, de Assis e de Seguro um pedido de desculpas”, reclamou.