Durante a apresentação do programa eleitoral do PS à Câmara Municipal do Porto, o candidato Manuel Pizarro reagiu às críticas do seu adversário do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmando que “quem não tem carácter é quem esconde o seu partido na campanha eleitoral, quem não tem carácter é quem esconde o que vai fazer aos portugueses no Orçamento à espera de com isso voltar a enganar os portugueses como enganou em 2011”.

“Será que não é esperteza saloia esconder os símbolos do PSD nos cartazes da campanha? Será que não é esperteza saloia manter-se como presidente da Câmara de Gaia até duas ou três semanas das eleições, gastando, para atacar o PS no Porto, milhares e milhares de euros em publicidade paga no Jornal de Notícias e no PÚBLICO?”, questionou Pizarro, que fez questão de dirigir as perguntas ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já que Menezes “não responde”.

No sábado, o candidato do PSD criticou o PS, classificando-o como “o partido do oportunismo, do pequeno truque, da pequena manobra de bastidor que procura vantagem de imediato”.

“Que diferença há entre um partido que está tão distante de nós do ponto de vista ideológico como o PCP e o PS do ponto de vista de carácter? O PCP está tão longe de nós na ideologia e nas opções políticas de fundo e estruturais, mas está muito mais perto de nós do ponto de vista de carácter do que o PS, que de carácter não sabe sequer o que isso significa”, disse Menezes.

Manuel Pizarro apresentou neste domingo uma lista de 112 compromissos no âmbito do programa eleitoral, com particular ênfase sobre a economia, incluindo a criação de um centro empresarial em Campanhã com o objectivo de criar 1500 postos de trabalho, a reforma do Mercado do Bolhão e a definição de um programa de eficiência energética para a cidade que prevê a instalação de mais de 20.000 metros quadrados de painéis solares nos bairros sociais do Porto.

Para além de Manuel Pizarro, concorrem à Câmara do Porto Luís Filipe Menezes (PSD), os independentes Rui Moreira (que tem o apoio do CDS-PP) e Nuno Cardoso, Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (Partido Trabalhista Português).