PCP quer desmascarar "mentira e propaganda" do Governo "triunfalista delirante" para europeias

 "A mentira e a propaganda, agora revestida de tom triunfalista delirante que se intensifica à medida que se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, são os expedientes do Governo para mascarar os reais impactos e efeitos da sua política", afirmou.

Segundo o parlamentar comunista, "para os grandes patrões, os lucros crescem, mas para os trabalhadores nada muda em Maio de 2014 se este Governo não for derrotado", referindo-se ao final do programa de assistência económico-financeira.

"O país da opulência obscena, dos lucros, da banca, da economia de casino pode ser a pátria dos ministros da República, mas não é a dos portugueses que vivem do trabalho", sublinhou.

O deputado socialista Vitalino Cana destacou a "confusão reinante" na maioria PSD/CDS-PP por "de manhã preferir um programa cautelar e à tarde dizer que não há decisão tomada".

"É vital a questão não ser tomada em clima eleitoral ou por outros e, em terceiro lugar, ser tomada de forma insensata e implicar mais presença de instituições estrangeiras em Portugal", disse, instando a Governo e maioria a chegarem a uma "definição".

A parlamentar do BE Mariana Mortágua apontou a campanha eleitoral que se avizinha como uma oportunidade para os "partidos que suportam a maioria se confrontarem com a realidade", com "a pobreza, as desigualdades e o sofrimento dos portugueses".

"Como se houvesse saída limpa de um processo que não foi mais que um processo de destruição do país", notou, acusando o executivo de Passos Coelho e Paulo Portas de ir dizer ao Tribunal Constitucional que os cortes nos salários e pensões "eram temporários, comprometendo-se, ao mesmo tempo, com a troika, para que eles fossem permanentes".

Miguel Tiago afirmou que PSD e CDS "atropelam-se para ver qual é mais prestável" a União Europeia, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, enquanto o PS tem uma "tibieza variável, que ora contesta, ora faz vénia às instituições estrangeiras".

"A democracia portuguesa foi sequestrada pela troika doméstica e pela troika estrangeira e a maioria desta Assembleia da República legitima as políticas de assalto e de abdicação do interesse nacional", disse.