Portas "não teve força política" para evitar cortes, diz PS

Partido Socialista e Bloco de Esquerda reagem às explicações de Paulo Portas, falando de falta de força política, desonestidade e mentira

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Pedro Marques (PS) acusa Portas de falta de força política Rui Gaudêncio
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Mariana Aiveca (BE) acusa Portas de mentir Rui Gaudêncio

Pedro Marques afirmou, em declarações à Lusa, que “a maior desonestidade em todo este processo foi a do próprio vice-primeiro-ministro”, que “escondeu dos portugueses este corte, uma nova medida de austeridade que se juntava às outras medidas da carta de 3 de Maio de Passos Coelho, com cortes nas pensões, na educação, na saúde e nos funcionários públicos”.<_o3a_p>

Também o Bloco de Esquerda acusou Paulo Portas e a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, de mentirem ao país, considerando que “os cortes nas pensões contributivas alteram as regras do jogo” depois de uma vida de descontos.<_o3a_p>

“Há uma semana o país assistiu a uma encenação de Paulo Portas e de Maria Luís Albuquerque, que disseram que não haveria mais austeridade”, disse à Lusa a deputada bloquista Mariana Aiveca, acrescentando que este domingo “ficou claro que Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque mentiram”.<_o3a_p>

Para os socialistas, segundo Pedro Marques, o vice-primeiro-ministro “não teve força política para evitar os cortes retroactivos de pensões para lá da Caixa Geral de Aposentações, como se tinha comprometido quando estabeleceu uma linha vermelha que era a ‘TSU dos pensionistas’, que o próprio Governo tinha posto no memorando em Maio”.<_o3a_p>

Os socialistas dizem ser contra a medida, sustentam que destrói “a confiança dos cidadãos no Estado social e no sistema de segurança social. O PS considera ainda que a medida demonstra uma “enorme falta de escrúpulos” e uma “enorme incompetência” do Executivo.<_o3a_p>

Por outro lado, o Bloco de Esquerda lembra que “são os mesmos pensionistas que já viram as suas rendas aumentarem, que já viram o corte nas suas pensões, que estão a ver a sua vida a ficar impossível”.

Mariana Aiveca acrescenta ainda que “é um contrato que se rompe ao fim de uma vida inteira de trabalho e com as expectativas que essas famílias deixaram para as suas famílias” e que “este Governo continua sem qualquer credibilidade, até porque a Segurança Social neste momento não tem um saldo negativo”.