Na direcção do PS a táctica dilatória prevalece

O momento político esteve a banhos, para lavar os ataques descabelados ao Tribunal Constitucional por dirigentes do PSD. E também para esquecer a irrelevante congregação do Presidente a um entendimento interpartidário, do centro esquerda para a direita, a celebrar antes do próximo Orçamento. Irrelevante por ausência de sanção ou prémio e por todos sabermos que o PS hibernou politicamente para resolver a crise interna. A menos que o Presidente se alie ao Dr. Seguro contra o Dr. Costa, forçando tal acordo com ele ainda aos comandos. O que não é crível. Faria ricochete. Mas também houve bom senso: o Governo aceitou a sugestão de Manuela Ferreira Leite de não levantar a última tranche do empréstimo por já ter recursos, parte deles a menor preço. Todavia, na direcção do PS a táctica dilatória prevalece: já não são apenas os 4 meses que levam a montar as estatutariamente omissas eleições para candidato a primeiro-ministro; apareceram almas sublimes a defender que um congresso extraordinário não pode mudar a liderança, só por não estar na letra dos estatutos. Ou seja, se houvesse um vazio na chefia máxima, mesmo por causa fortuita ou de força maior, seria necessário esperar pelo calendário regular para dispor de nova liderança.

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