“A fase mais criadora, mais promissora e construtora foi quando Isaltino Morais era militante do PSD. O último mandato já foi condicionado pelas expectativas da prisão. Pretendo continuar a primeira fase da obra dele. Vamos pegar no que fez bem, pegar no que não fez e casar tudo para fazermos melhor”, disse à Lusa o candidato do PSD.

Moita Flores participou numa acção de campanha, na qual fez uma travessia no rio Tejo com o Corpo Voluntário de Salvadores Náuticos (Sanas), que tinha como objectivo dar a conhecer o projecto de requalificação que a sua candidatura tem para a zona ribeirinha.

“A costa de Oeiras está muito mal aproveitada. De todas estas praias, só a da Torre é considerada praia. O mar é uma infindável fonte de recursos que aqui precisa de ser explorada e potenciada, de forma muita atenta, para não perder o passo para Lisboa e Cascais”, disse.

Moita Flores adiantou que pretende construir uma marina em Paço de Arcos, apta para receber as cerca de “cinco mil pessoas que todos os dias atravessam o Tejo para vir trabalhar para Oeiras”, bem como para receber barcos de cruzeiros.

Segundo o candidato, esta aposta de requalificação da zona ribeirinha permitirá a criação de postos de trabalho, que é uma das principais preocupações da candidatura social-democrata a Oeiras.

Moita Flores adiantou que se vencer a corrida autárquica pretende requalificar os centros urbanos, as linhas de água (zonas das ribeiras) e várias escolas, bem como proceder ao fornecimento gratuito de livros escolares a alunos até ao nono ano e reforçar o apoio social aos idosos.

Apoio gera polémica e acaba em demissão
O ex-presidente da Câmara de Santarém referiu que aguarda para breve uma decisão do tribunal de Oeiras a um pedido de impugnação contra a sua candidatura.

Na segunda-feira passada, na sequência deste pedido, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Nuno Godinho de Matos, apresentou demissão do cargo depois de ter aceitado representar juridicamente o candidato do PSD.

No domingo, o candidato socialista a Oeiras, Marcos Sá, tinha questionado a “imparcialidade de membro da CNE no tratamento das eleições autárquicas”, pelo que enviou queixas ao presidente da CNE e à presidente da Assembleia da República.

Moita Flores considera que esta questão resulta de “uma ambição desmedida que faz com que as pessoas tratem mal quem não merece”. “Isto foi levantado por socialistas contra um dos fundadores do PS. Nuno Godinho de Matos é das figuras mais simbólicas da democracia portuguesa. É uma figura reconhecida no Direito e na política”, afirmou.

Além de Moita Flores, Oeiras terá como candidatos à Câmara Municipal Marcos Sá (PS), Paulo Vistas (independente do movimento “Isaltino Oeiras Mais à Frente), Paulo Freitas do Amaral (CDS-PP), Daniel Branco (CDU) e Carlos Gaivoto (BE).