Miguel Relvas vai trabalhar para promover a língua portuguesa
O cargo a desempenhar pelo ex-ministro não será remunerado, mas a entidade em que irá trabalhar ainda não tem orçamento nem plano de actividades.
Segundo apurou o PÚBLICO, esta instituição não tem quaisquer ligações ao Estado português nem será financiado por quaisquer dinheiros públicos. Terá financiamento de empresas privadas, mas, para já, ainda não tem orçamentos nem plano de actividades definido. José Manuel Constantino, líder do Comité Olímpico de Portugal (COP), é o presidente da Comissão de Honra deste organismo, mas não haverá verbas do COP envolvidas.
Este cargo, explica Relvas no comunicado, não será remunerado, como também não serão remunerados os detentores dos restantes cargos. "Como condições prévias, exijo fazê-lo a título não oneroso e geograficamente abrangente, isto é, englobando nas realidades culturais a promover, além dos países que têm comités olímpicos, aqueles territórios que, fazendo parte de outros países soberanos, têm com a cultura portuguesa uma conexão forte e associações que perseguem os mesmos fins que os comités olímpicos nacionais”, escreveu o antigo ministro que apresentou a sua demissão do Governo em Abril deste ano.
Relvas diz que esta Casa Olímpica, uma organização cívica criada no Rio de Janeiro, cidade que será o palco dos Jogos Olímpicos de 2016, pretende divulgar a cultura dos vários países de língua portuguesa com a promoção de vários eventos com o duplo objectivo de “promover a Língua Portuguesa como língua de trabalho do Comité Olímpico Internacional” e de acompanhar a missão olímpica portuguesa nos Jogos. “[No Rio de Janeiro] é objectivo do COP criar um espaço de promoção da cultura nacional na cidade-sede do maior evento multidesportivo do mundo, como tem sido hábito nas últimas edições dos Jogos, com excepção da última edição em Londres, onde tal não se verificou”, acrescenta o comunicado.