Manuel dos Santos desafia oposição interna a dizer quem é o seu candidato a líder do PS

Querem mudar a data do congresso porque querem susbtituir o secretário-geral António José Seguro. Quem o diz é o ex-secretário de Estado de António Guterres.

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Ex-secretário de Estado Guterres sai em defesa de António José Seguro Miguel Manso

O dirigente socialista Manuel dos Santos desafiou esta quinta-feira a oposição interna a esclarecer quem é o seu candidato à liderança do PS e considerou que a polémica sobre a data do congresso é um ataque a Seguro.

Estas posições foram assumidas pelo membro da Comissão Política Nacional do PS e ex-secretário de Estado do primeiro Governo de António Guterres em declarações à agência Lusa.

Numa reacção a declarações de ex-ministros socialistas como Pedro Silva Pereira e Vieira da Silva, que sugeriram uma antecipação do próximo congresso do PS, Manuel dos Santos afirmou que se está “perante uma estratégia de ataque” à liderança dos socialistas.

“Mas é preciso saber qual é o candidato alternativo que os promotores desta estratégia estão a proteger. É preciso saber quem está por trás dessa estratégia”, desafiou Manuel dos Santos, que pertence à linha da actual direcção do PS. Para sustentar a sua tese, Manuel dos Santos argumentou que se os autores de declarações sobre a altura ideal do próximo congresso do PS “quisessem apoiar o líder que está em funções, então esta polémica não faria qualquer sentido”.

“A polémica sobre a data do congresso do PS só faz sentido porque eles querem substituir o secretário-geral” António José Seguro, advogou o dirigente socialista do Porto.

Manuel dos Santos considerou depois que os últimos episódios que se registaram na vida interna do seu partido “constituem um desrespeito em relação a António José Seguro, para mais um desrespeito vindo daqueles que são responsáveis pela actual situação do país e por a direita estar a governar Portugal”.

“É preciso lembrar que António José Seguro pegou no PS derrotado, com apenas 28% dos votos, e já lidera com 30 e tal por cento todas as sondagens”, contrapôs o ex-secretário de Estado do Comércio.

 O mesmo dirigente socialista disse ainda que a controvérsia em torno da data do congresso “representa um desrespeito pelos órgãos eleitos do partido e um desrespeito em relação a milhares de militantes socialistas que estão já envolvidos no trabalho autárquico”.

“Os militantes não compreendem que alguns deputados estejam a abrir uma crise interna artificial num momento destes”, acrescentou o membro da Comissão Política Nacional do PS.

 
 
 
 

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