Maioria PSD/CDS quer eleições autárquicas a 22 de Setembro

CDS já manifestara essa intenção, PSD está de acordo com a realização das próximas eleições para o poder local logo no dia 22 de Setembro. Oposição pede em uníssono sufrágio em Outubro.

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Moreira da Silva defendeu eleições "o mais cedo possível" para evitar transtornos nos trabalhos parlamentares Daniel Rocha

O primeiro-ministro começou esta quarta-feira a ronda de audições aos partidos com a delegação social-democrata. No final da reunião em São Bento, o vice do partido presidido por Passos Coelho, Jorge Moreira da Silva, avançou que os sociais-democratas querem a primeira das datas possíveis para o sufrágio do poder local, ou seja, 22 de Setembr, embora não descartem o dia 29 do mesmo mês.

Moreira da Silva argumentou que "há toda a vantagem em que as eleições autárquicas se realizem o mais cedo possível para causar o menor transtorno possível aos trabalhos parlamentares", que deverão ser retomados a 15 de Setembro. O vice-presidente do PSD afastou assim que a preferência pelo dia 22 de Setembro se justifique pela maior distância  em relação à data limite de entrega do Orçamento do Estado para o próximo ano.

"Essa é uma falsa questão que muitos partidos à esquerda têm procurado disseminar. Se há Orçamento do Estado que é conhecido é o de 2014", disse Jorge Moreira da Silva.

Pelo lado do CDS, o secretário-geral António Carlos Monteiro fez saber ao primeiro-ministro que a preferência dos centristas também é pelo dia 22 de Setrembro, com o objectivo de "uma campanha esclarecedora e poupada", pois "quanto mais tempo tiver a campanha, mais dinheiro se gasta".

O PS prefere a data de 13 de Outubro, assim como o BE, e foi isso mesmo que o líder socialista, António José Seguro, transmitiu esta tarde a Passos Coelho. Para justificar a escolha, Seguro argumentou que as eleições autáquicas têm sido realizadas sempre neste mês e que "não tem sentido desviá-las". O socialista alegou ainda que a reforma administrativa das freguesias e a reorganização dos cadernos eleitorais exigem tempo. E que, por isso, "o país teria tudo a ganhar" com a data de 13 de Outubro.

Já o PCP, considera que o dia 6 de Outubro seria a data ideal, já que no dia 13 muito católicos se deslocam em peregrinação a Fátima. O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, defendeu que, tendo em conta os prazos legais e a experiência de eleições anteriores, se inclinava para 13 de Outubro, mas que, por respeito às cerimónias religiosas, aceita antecipar para dia 6.

João Semedo, coordenador do BE, prefere o dia 13, embora também deixe a porta aberta a 6 de Outubro. A antecipação para Setembro seria "anormal", na visão dos bloquistas, até porque não há "nenhum facto extraordinário" para que isso suceda. O líder do BEdisse ainda que a maioria PSD/CDS " quer que os portugueses vão votar ainda sem conhecimento do que serão as linhas gerais do Orçamento do Estado" para 2014.

O último dos partidos com assento parlamentar, o PEV, disse em São bento que qualquer um dos dos dois domingos de Outubro é uma boa data para as eleições do poder local, já que não colidem com períodos preferenciais de férias dos portugueses.

A lei eleitoral autárquica prevê que as eleições possam decorrer entre 22 de Setembro e 14 de Outubro, desde que coincidam com um domingo ou um feriado nacional. Assim sendo, as datas em cima da mesa para este ano são 22 e 29 de Setembro ou 6 e 13 de Outubro. Estas são as únicas eleições marcadas por decreto do Governo.


 
 
 

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