Juntos, na esquerda plural
Estes acordos, além de terem um elevado simbolismo democrático, representam uma aspiração partilhada pela maioria dos portugueses.
Os acordos políticos subscritos pelo PS, BE, PCP e PEV para a constituição de um governo apoiado por estas forças políticas e que tem como principal propósito fazer reverter a situação social para que os portugueses foram lançados pela coligação de direita, deve merecer todo o apoio e serem condignamente assinalados.
Estes acordos, além de terem um elevado simbolismo democrático, representam uma aspiração partilhada pela maioria dos portugueses, que ao longo de muitos anos têm vindo a demonstrar as suas preferências políticas, dando maiorias parlamentares aos partidos políticos da esquerda numa maioria de legislaturas (1975, 1976, 1983, 1995, 1999, 2005, 2009, 2015).
As condições criadas pela derrota da coligação de direita e o clima de extrema austeridade em que o país viveu nos últimos quatro anos constituíram argumentos particularmente poderosos para que a solução agora encontrada por aqueles partidos tenha toda a legitimidade democrática para se afirmar, respondendo aos anseios que as lutas sociais mostraram ao longo desse tempo.
Saudarmos e celebrarmos, juntos, este acontecimento inédito na política nacional portuguesa é um dever de todos quantos, no passado e até hoje, se bateram para que esta convergência de vontades tivesse uma tradução política. Saudarmos e celebrarmos, juntos, este acontecimento é também uma manifestação de firmeza dos que estão prontos a defender os valores democráticos, a Constituição da República e os direitos de uma vida digna para todos os portugueses e, até, uma visão europeísta mas simultaneamente crítica desta "Europa realmente existente".
Vamos, por tudo isto, estar juntos num jantar, no próximo dia 12 de Dezembro, a partir das 20H00, na Casa do Alentejo.
A comissão promotora – Adelino Granja (advogado), Almerindo Rego (dirigente sindical), Ana Carita (professora universitária), Ana Matos Pires (médica), Ana Nave (actriz, encenadora), André Barata (filósofo, dirigente político), André Freire (politólogo), António Borges Coelho (historiador), António Diogo (médico), António Faria-Vaz (médico), António-Pedro Vasconcelos (cineasta), Bernardino Aranda (livreiro), Carlos Brito (escritor), Carlos Fragateiro (encenador, professor universitário), Carlos Luís Figueira (gestor), Carlos Matos Gomes (militar de Abril, escritor), Cipriano Justo (médico), Daniel Adrião (dirigente empresarial), Daniel Sampaio (médico), Eduardo Milheiro (gestor aposentado), Eduardo Pitta (escritor, ensaísta), Elísio Estanque (sociólogo), Fernando Nunes da Silva (engenheiro), Guadalupe Simões (enfermeira, dirigente sindical), Hélder Costa (encenador), Helena Roseta (arquiteta), Henrique Melo (editor), Jaime Mendes (médico), J.-M. Nobre Correia (mediólogo), Joana Lopes (gestora, aposentada), João Cunha Serra (engenheiro), João Gama Proença (médico), Jorge Espírito Santo (médico), Jorge Silva Melo (ator, encenador), José Aranda da Silva (farmacêutico), José Manuel Boavida (médico), José Manuel Mendes (escritor, presidente da APE) José Manuel Tengarrinha (historiador), José Vítor Malheiros (jornalista), Manuel Alegre (poeta, político), Maria Santos (gestora do ambiente, dirigente política), Maria Augusta Sousa (enfermeira), Maria Tengarrinha (atriz), Mário Jorge Neves (médico, dirigente sindical), Mário Vieira de Carvalho (musicólogo), Martins Guerreiro (militar de Abril), Miguel Vale de Almeida (antropólogo), Paula Cristina Marques (atriz, especialista em assuntos de habitação), Paulo Fidalgo (médico, dirigente político), Paulo Sucena (professor, ex-dirigente sindical), Ricardo Sá Fernandes (advogado), Rosário Gama (professora aposentada), São José Lapa (atriz, encenadora), Teresa Dias Coelho (pintora), Ulisses Garrido (sociólogo, dirigente sindical), Vasco Lourenço (militar de Abril, dirigente da A25A)