José Sócrates aplaude plano da Comissão Europeia para relançar economia

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Daniel Rocha (arquivo)

O primeiro-ministro José Sócrates saudou hoje o plano de propostas da Comissão Europeia (CE) para relançar a economia, salientando a importância do “apelo a mais investimento público” dos Estados-membros.

José Sócrates frisou que as propostas da CE “apelam a mais investimento público para combater a crise”, com vista a “ajudar as famílias e as empresas a enfrentar as dificuldades que aí vêm”.

O presidente da Comissão, Durão Barroso, anunciou hoje o plano de propostas do seu executivo para o relançamento da economia europeia, orçado em 200 mil milhões de euros, o equivalente a 1,5 por cento do PIB da UE.

O reforço do investimento público, segundo José Sócrates, “é a melhor forma de dar emprego às pessoas e ajudar as empresas a enfrentar as dificuldades”. “Todos os países europeus o devem fazer de forma coordenada”, acrescentou.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas, em Coimbra, no final da sessão de encerramento das comemorações dos 50 anos da Fundação Bissaya Barreto.

Portugal aposta em três áreas

Em Portugal, disse Sócrates, essa aposta no investimento público para fazer face à actual crise deve beneficiar, em especial, três áreas: a “requalificação do parque escolar”, a “modernização da infra-estrutura tecnológica” e o sector energético.

“Saúdo esta iniciativa da Comissão e felicito o seu presidente por esta iniciativa”, afirmou José Sócrates.

Numa conferência de imprensa, em Bruxelas, José Manuel Durão Barroso explicou que grande parte daquele pacote de 200 mil milhões de euros, mais precisamente 170.000 milhões de euros, deve ser suportado pelos Estados-membros, saindo o restante do orçamento comunitário e da possibilidade de um aumento dos empréstimos do Banco Europeu de Investimentos.

O valor global do pacote de propostas do executivo comunitário deve destinar-se a acções temporárias, com alvos bem precisos, e a serem levadas a cabo de forma coordenada pelos 27, apontou Durão Barroso.

Entre as propostas contidas no pacote hoje apresentado por Bruxelas, a “Comissão Barroso” abre o caminho aos Estados-membros para uma redução temporária do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), entre diversos outros incentivos fiscais, especialmente dirigidos aos cidadãos e sectores económicos mais vulneráveis.

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