Jardim elogia Rui Machete como “mais-valia” do Governo
Numa entrevista sem novidades, o líder madeirense disse que deixa o governo em Janeiro de 2015.
Já quando Rui Machete substituiu Paulo Portas naquela pasta, Jardim, referindo-se àquele membro do Conselho Consultivo da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (concessionária da Zona Franca), disse que a sua entrada “valorizou muito o Governo, até pela formação pessoal que tem e pelo um tom diferente, oposto mesmo, a certas formações pessoais que lá estiveram no passado".
Um ano depois de ter sido entrevistado no programa De Caras, de Virgílio Gonçalves, o governante voltou ao seu novo espaço Grande Entrevista, para repetir opiniões sobre o plano de resgate em que “o país não pode entrar”, a “dureza” do Orçamento de Estado, a “necessidade” de uma revisão constitucional e o futuro do país para o qual diz ter “soluções”.
“Eu olho com muita apreensão para a dureza deste Orçamento do Estado”, disse Jardim, que admitiu a possibilidade de os deputados sociais-democratas da Madeira, na votação final, aprovarem o Orçamento do Estado que “não é do agrado da Região”. A propósito do PAEF, que fez agravar a austeridade na região, confessou mais uma vez: “Não estou arrependido de ter feito a dívida e se pudesse, tinha feito outra vez”.
Reiterou igualmente as suas explicações para a hecatombe nas eleições autárquicas: “Eu estou tão insatisfeito como está o povo” e “houve aqui um frentismo contra o PSD”. Sobre a ameaça de expulsar do PSD os militantes que, como Miguel Albuquerque (“um caso arrumado”), insistam na antecipação do congresso electivo, justificou: “A partir do momento que há uns indivíduos apostados em fazer implodir o partido, o partido deve ver-se livre deles”.
Como José Eduardo dos Santos, Jardim reconheceu que está há “demasiado tempo no poder” e garantiu que em Janeiro de 2015, a nove meses das eleições regionais, passa a chefia do governo para novo líder do PSD.
“Desta vez, os senhores ficam livres de mim”, assegurou.