Grupo Sousa, “dono da Madeira”
Foi capa da revista Exame que o intitulou “Dono da Madeira”. O Diário de Noticias local, ao apresentar este “império monopolista insular” concluía que “não é um exagero dizer-se que o líder do Grupo Sousa tem as chaves do nosso arquipélago na mão”. Mas não escapa às críticas da oposição por alegado proteccionismo do poder regional.
Do seu universo fazem parte 90 empresas, nas áreas do transporte marítimo (42% da facturação), logística (30%), hotéis e turismo (15%), imobiliária e outros (9%) e energias renováveis (4%). Com o exclusivo das ligações marítimas com o Porto Santo, duas empresas que dominam o porto do Funchal, a Operações Portuárias da Madeira (OPM) e a Empresa Trabalho Portuário (ETP) - que gerem há mais de 20 anos, por concessão do governo, em exclusividade, as operações e a mão-de-obra portuária -, foram investigadas por factos que indiciavam a prática de crimes de peculato, participação económica ilícita em negócio e administração danosa. A investigação a investigação policial descobriu que cerca de 20 empresas fictícias facturaram aquele organismo milhões de euros em serviços inexistentes. O inquérito-crime foi arquivado pelo Ministério Público a 31 de Julho de 2007, apesar de o relatório final da investigação apontar para a acusação e de o presidente do grupo empresarial e seis administradores da OPM e ETP terem sido constituídos arguidos.
A PSL realiza transacções com mais de duas dezenas de entidades do Grupo Sousa SGPS que em 2010 atingiu um volume de negócios de 101,3 milhões de euros e uma situação líquida de 76,1 milhões. O relatório de contas do grupo revela que as remunerações dos administradores das empresas ascenderam a um milhão de euros em 2008 e que, em plena crise económica mundial, os proveitos operacionais aumentaram 1% e os resultados operacionais 87%. A holding Grupo Sousa Investimentos apresentou no ano passado um lucro de 5,7 milhões.
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