Governo quer plataforma naval global no Alfeite e fazer subconcessões a privados
Secretária de Estado da Defesa explicou que se pretende criar “uma espécie de incubadora ligada à economia do mar”.
Numa reunião com jornalistas, a secretária de Estado da Defesa, Berta Cabral, afirmou que a intenção é aplicar o modelo que já é utilizado nos portos portugueses, "preservando a reparação e manutenção" dos navios da Marinha, mas abrindo a operação a outras actividades económicas.
A governante adiantou que o estudo encomendado no Verão passado ao ex-ministro da Economia do PS Augusto Mateus aponta cinco cenários diversos para o futuro do Alfeite e que o Governo escolheu como cenário preferencial a criação de uma "plataforma naval global".
"Queremos criar uma espécie de incubadora ligada à economia do mar, é um cenário inovador mas complexo", afirmou Berta Cabral, que adiantou que o novo conselho de administração da Arsenal do Alfeite S.A., liderado por Andreia Ventura (ex-Associação do Porto de Lisboa), deverá tomar posse na sexta-feira em reunião de assembleia-geral.
Empordef extinta até Junho
A Empordef, holding do Estado para o sector da Defesa Nacional, deverá ser extinta até final de Junho, sendo as participações restantes geridas pela tutela e pelas Finanças, disse à Lusa a secretária de Estado Berta Cabral.
Várias empresas pertencentes à holding pública já foram extintas e as restantes ficarão a cargo dos dois ministérios a partir do segundo semestre deste ano, adiantou a governante.
Numa audição na comissão parlamentar de Defesa, o ministro José Pedro Aguiar-Branco referiu, por outro lado, que a IDD - Indústria de Desmilitarização e Defesa S.A., criada recentemente, tem como objectivo atingir um volume de negócios de dois mil milhões de euros (actualmente em 1,7 mil milhões).
O ministro da Defesa, a secretária de Estado da Defesa e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas foram ouvidos esta tarde na comissão parlamentar de Defesa.