Ex-governador civil de Braga constituído arguido no caso do “saco azul” do Vitória de Guimarães

A exoneração, hoje aprovada em Conselho de Ministros, põe termo a onze meses de um mandato marcado por conflitos com a estrutura local do PSD e por alegadas ligações ao "saco azul" do Vitória de Guimarães.

A 15 de Dezembro do ano passado, o presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado, foi detido por suspeitas de peculato nos negócios do clube, tendo sido libertado sob caução dois dias depois. Na altura, o primeiro-ministro terá pedido explicações ao governador civil.

Uma investigação da Inspecção-Geral de Finanças detectou um "saco azul" na gestão do Vitória, com dois milhões de euros pagos a treinadores e jogadores sem registo contabilístico e sem serem sujeitos a impostos, numa altura em que Luís Cirilo Amorim Carvalho era secretário-geral do clube.

Na passada quarta-feira de manhã, Luís Cirilo foi constituído arguido, nas instalações da Policia Judiciária de Lisboa, após o que se reuniu com o ministro da Administração Interna para colocar o lugar à disposição, segundo anunciou hoje o ex-governador civil numa conferência de imprensa realizada em Braga.

Luís Cirilo vincou que optou por colocar o lugar à disposição, em vez de se demitir, uma vez que "uma coisa é ser arguido, outra é ser acusado ou condenado".