Santana Lopes mais três anos à frente da SCML
Ao ser reconduzido, o provedor parece afastar uma candidatura à Câmara de Lisboa em 2017, a que presidiu entre 2002 e 2005
Acabaram-se as especulações sobre uma eventual candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara de Lisboa em 2017. Este cenário ganhou alguma mediatização a partir do momento em que o ex-primeiro-ministro abdicou oficialmente da disputa presidencial, mas tudo indica que cai por terra depois do Governo ter anunciado a recondução de Santana Lopes como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) por um período de três anos.
O Governo aproveita a saída de dois elementos da Mesa da Santa Casa: o vice-provedor, Fernando Pais Afonso, e da vogal, Rita Valadas, próximos do CDS, para reconduzir o antigo presidente da Câmara de Lisboa.
Na sua página do Facebook, Santana prometia responder a quem dava como certa a sua candidatura à Câmara de Lisboa, dizendo que esses pretendiam agitar as “centrais das intoxicações. “Como se calcula, não o fazem por bem. Tentam condicionar o trabalho na Santa Casa e agitar as ‘centrais das intoxicações”, escreveu o provedor num post no dia 17 de Fevereiro na sua página.
Uma nota do gabinete do primeiro-ministro refere que, “na base da renovação [do mandato], está a confiança que António Costa e o ministro da tutela, Vieira da Silva, depositam nos actuais membros da Mesa da SCML. Edmundo Martinho, ex-presidente do Instituto de Segurança Social, é o novo vice-provedor da SCML. Helena Lopes da Costa, ex-deputada do PSD, e Ricardo Alves Gomes, ex-adjunto do primeiro-ministro do XVI Governo Constitucional, integram a Mesa da Santa Casa.
O outro vogal, indicado pela Câmara de Lisboa é Sérgio Cintra, que era, desde o início de 2013, presidente do conselho de administração da Gebalis, a empresa da Câmara de Lisboa responsável pela gestão dos bairros municipais. Antes, tinha sido vogal do mesmo órgão e do conselho de administração da Sociedade de Reabilitação Urbana – Lisboa Ocidental.
A sua saída da Gebalis para a SCML vai obrigar a uma recomposição da administração desta empresa, recomposição que a autarquia diz apenas que será conhecida “em seu devido tempo”.