Costa elogia "serenidade do PS" perante um "choque brutal"

O novo líder do PS abordou logo de inicio a prisão preventiva de Sócrates. E anunciou que proporá um secretário-geral adjunto no PS caso seja eleito primeiro-ministro.

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Discursando de improviso na sua primeira intervenção como secretário-geral do PS, no XX Congresso que decorre na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa, António Costa tratou logo de inicio de abordar a prisão preventiva de José Sócrates, ex-secretário-geral e ex-primeiro-ministro. Assim afirmou: "Um partido é também uma relação de afecto e, por isso, quero felicitar os socialistas pela forma exemplar como têm sabido enfrentar uma prova para a qual nunca ninguém está preparado."

E sublinhou: "Todos temos sabido separar os sentimentos da política e todos temos sabido mostrar a fibra de que se faz um partido como o PS - a fibra daqueles que, contra ventos e marés, acreditam e não resvalam na sua confiança no Estado de Direito e nos seus valores essenciais".

Arrumada a questão, passou de imediato para a sua agenda e o ataque ao Governo. Anunciou, desde logo que, se for eleito primeiro-ministro, António Costa, proporá ao PS a eleição de um secretário-geral adjunto para garantir o funcionamento do partido. Esta medida terá como fim “manter o partido unido” e “activo”.  

Com esta medida, António Costa diz pretender manter a mobilização. O anúncio foi feito depois de reconhecer que no passado, o partido tinha sido descurado nos momentos em que o PS estava no Governo. E depois justificou a razão dessa medida: "A melhor forma de controlar o poder é os partidos assumirem-se como devem ser. Quanto maior a participação, maior o escrutínio", disse no Parque das Nações.

O novo líder conseguiu levantar a sala do Congresso quando rematou as suas críticas ao Governo. "Se este Governo tivesse visão estratégica já se tinha ido embora", disse. Os delegados voltaram a levantar-se quando criticou a submissão às políticas alemãs e atacou o Banco Central de Frankfurt.

Acordos, não obrigado
Criticando o Governo PSD-CDS, António Costa rejeitou a possibilidade de o PS entrar em acordos. "Os compromissos que a maioria deseja não são compromissos para servir para Portugal ou para servir portugueses, mas para amarrar-nos conjuntamente à pedra que os arrasta para o fundo. Queriam levar-nos com eles nesta lenta agonia que enfraquece o país. Ora, tal privaria o país de uma alternativa credível e sólida para fazer a mudança", garantiu, frisando que as bancadas da maioria não aprovaram nenhuma proposta do PS para o Orçamento do Estado para 2015.

No seu discurso, além de recuperar os principais pontos da sua "Agenda para a Década" e de atacar o Governo, Costa apontou ainda a Europa como o "novo espaço de combate político" para defender a necessidade de "reconstruir o espaço de alianças na Europa". E depois explicou com quem estava disposto a aliar-se: "Não desistimos de ser socialistas nem de ser europeus", afirmou.

Elogiando o plano Junkers, Costa sustentou que ele é "insuficiente e incerto", mas "vai no bom sentido", pois reconhece que não se vence a crise "sem que haja investimento".

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