PTP promete combater offshores e corrupção em Portugal

“Escasseia dinheiro para manter o Estado Social, porque só os pobres pagam impostos”, diz o cabeça de lista, José Manuel Coelho.

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Rui Gaudêncio

"Quando for para a União Europeia, vou combater esta pouca vergonha que é a existência de praças financeiras offshore, onde os grandes capitalistas se vão inscrever para não pagar impostos em Portugal", prometeu o candidato numa acção de campanha realizada esta terça-feira no Funchal, em frente de um edifício de escritórios onde estão sediadas empresas licenciadas na Zona Franca da Madeira.

Coelho defende que é preciso acabar com os offshore porque constitui "a maior concorrência desleal" no país, onde "quem paga impostos são os pobres, os que trabalham, os pequenos comerciantes que estão cada vez mais falidos". Além do offshore, promete também combater a corrupção que, diz, “está por todo o lado é facilitada por tribunais que estão ao serviço dos ladrões".

Enquanto distribuía aos transeuntes manifestos eleitorais e o calendário dos jogos de Portugal no Mundial, com a reprodução do cartaz “Defender a identidade de Portugal” contra os interesses externos da Alemanha e os grandes banqueiros internacionais, José Manuel Coelho alertou para os perigos da abstenção.

"Ficar em casa é fazer o jogo da burguesia, é fazer o jogo dos banqueiros, dos juízes fascistas, de todos aqueles que roubam o povo português e são inimigos de Abril". É por isso, conclui, que “escasseia o dinheiro para manter o Estado social”.

Embora tenha previsto novas acções de campanha a realizar na Madeira, nos próximos dias, Coelho lembra que a sua eleição não depende apenas dos votos conseguidos neste arquipélago. "Os votos na minha lista, no Partido Trabalhista, contam todos. Contam todos, do norte ao sul do país e nos Açores", afirma.

José Manuel Coelho, 62 anos, foi eleito deputado à Assembleia Legislativa da Madeira pela Nova Democracia, em 2007, e, pelo PTP, em 2011. Nesse ano foi candidato à Presidência da República, conseguindo 189 mil votos, ou seja, 4,5% da votação. Cerca de 39% dos votos expressos na sua candidatura foram obtidos na Madeira, onde ficou em segundo lugar, atrás de Cavaco Silva (44,01%), embora tenha ficado em primeiro em três dos 11 concelhos.
 

  



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