CDU atira Heloísa Apolónia para debate com Paulo Portas

Coligação PCP-PEV anuncia também estar disposta a participar no grande confronto televisivo de dia 22, em que a PaF impõe a presença do líder centrista.

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Heloísa Apolónia Miguel Manso

Em comunicado que se seguiu à resposta enviada às televisões, a CDU anuncia também que está disposta a participar no debate com todos os partidos com assento parlamentar, proposto pelas televisões para o dia 22 de Setembro mas recusado pelo PS e BE, por considerarem que haveria uma duplicação de representantes das duas coligações.

As decisões foram anunciadas ao início da noite desta segunda-feira, num dia em que ainda não é claro se esse debate vai mesmo realizar-se, depois de, na sexta-feira, a PaF ter anunciado que, sem a presença de Paulo Portas, a coligação de direita não participará neste último confronto televisivo.

“Quanto às decisões comunicadas pela coligação PSD/CDS-PP, a Coligação Democrática Unitária manifestou a sua disponibilidade para estar presente no debate do próximo dia 22 com as forças políticas que estejam dispostas a nele participar”, anuncia a CDU, esclarecendo que nunca se opôs a este debate, mas antes a critérios que considera desiguais.

“Partindo da posição de que o princípio aplicável seria o da realização de debates envolvendo candidaturas, e perante a introdução pelo CDS dessa possibilidade [de participar nos debates], o PCP sublinhou só serem aceitáveis dois critérios objectivos: o da participação nos debates de 4 candidaturas (CDU, PaF, BE e PS) ou dos seis partidos com representação parlamentar (PSD e CDS, PCP e PEV, PS e BE)”, lê-se no comunicado. Que acrescenta: “A base de debates que resultaria da atribuição à coligação PSD/CDS-PP do privilégio de ter dois representantes em contraste com a CDU constituiria uma grosseira violação do princípio de não discriminação e igualdade de tratamento.”

A CDU aproveita ainda para “manifestar a sua viva discordância” quanto à proposta dos “frente a frente” por duas razões fundamentais: o facto do debate entre Passos Coelho e António Costa decorrer “em canal generalista e transmitido pelos três canais com a notória visibilidade e projecção associadas”, enquanto os restantos são remetidos para os canais cabo, “com as limitações de audiência conhecidas”. Por outro lado, devido à “gritante discriminação de afastar dos frente a frente o PEV em contraste com a presença do CDS-PP”.

“O PCP, que desde a primeira hora combateu e denunciou a nova legislação sobre cobertura jornalística de campanhas eleitorais cozinhada entre PS, PSD e CDS para procurar legitimar tratamentos discriminatórios, recusa ser agora envolvido na generalizada responsabilização já em curso nas análises e comentários quanto à incapacidade dos partidos que aprovaram a lei se entenderem para a aplicar”.

 

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