Cavaco quer Governo a defender melhores condições para o país

Presidente volta a dizer que Portugal não deve ser comparado à Grécia e afirmou não ter elementos para avaliar negociações conduzidas pelo Governo junto da UE.

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Cavaco Silva Enric Vives-Rubio

O Presidente da República, à saída da cerimónia do Prémio Fernando Namora, no Estoril, afirmou que Portugal não deve ser comparado com a Grécia, mas que isso não implica que não defenda melhores condições.

“Portugal está numa situação muito diferente da Grécia. (...) Deus nos livre de algum dia nos aproximarmos da situação da Grécia. Penso que a maioria dos portugueses não tem bem a noção da situação em se encontra esse país”, começou por responder às questões dos jornalistas.

“Eu não vejo razão para que não seja reduzida a comissão que é cobrada a Portugal pelos empréstimos que recebeu do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, matéria que aliás penso que já tinha sido falada há algum tempo. Tal como não vejo razão para que não seja alargado o período de reembolso dos empréstimos do Fundo de Europeu de Estabilidade Financeira”, acrescentou.

Cavaco Silva sublinhou ainda que com isto quer dizer que “independentemente da Grécia, Portugal deve continuar a defender os seus interesses junto dos parceiros europeus utilizando os seus melhores argumentos”.

O Presidente da República deixou um apelo: “A vida na União Europeia é uma negociação permanente e eu sei isso por experiencia própria, as negociações são às vezes muito, muito difíceis, mas nós não podemos desistir." Questionado sobre se o Governo português está a conduzir bem essa negociação em Bruxelas, respondeu: “Não tenho informação em contrário”.

Pedro Passos Coelho e o ministro das Finanças desvalorizaram no início da semana a possível extensão a Portugal de algumas das novas condições de ajuda concedidas à Grécia, apontando que o Governo está atento a essa oportunidade, mas que a mesma foi excessivamente dramatizada por “mal-entendidos”.

O primeiro-ministro afirmou que Portugal tem uma situação distinta e não quer tratamento igual ao da Grécia e considerou “extremamente elogiosos” os comentários dos ministros das Finanças alemão e francês a este propósito.<_o3a_p>
 
 
 

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