Manuel Alegre e Alberto Costa exigem acção da direcção do PS face a insultos a António Costa
Alegre exige intervenção da direcção do PS e diz que "o PS é um partido democrático, onde não há lugar para arruaceiros". Já Alberto Costa critica o facto da presidente e do secretário-geral ainda não terem comentado o que se passou.
As críticas dos dois ex-dirigentes surgem na sequência dos insultos e das vaias dirigidas a António Costa, por parte de dezenas de populares que se encontravam na rua, no final da reunião da Comissão Nacional do PS, depois de terem aplaudido Seguro, alguns insultaram António Costa, chamando-lhe "traidor", "oportunista", "borra-botas" e mandando-o de volta para Lisboa.
Alegre afirmou à Lusa que "esses incidentes são intoleráveis e não podem voltar a repetir-se. Tenho informações de que grande parte é militante do PS, o que exige uma intervenção imediata dos órgãos do partido."
Já Alberto Costa sublinhou que é "grave que a presidente do PS, Maria de Belém, e o secretário-geral, António José Seguro, ainda não tenham vindo condenar este acto e promover o apuramento de responsabilidades, como se impõe, para evitar qualquer hipótese de repetição do sucedido" E advertiu que "qualquer omissão neste domínio pode representar uma responsabilidade muito grave em relação ao futuro."
Alegre disse que "este tipo de fenómenos" "resolvem-se à nascença sob pena de a situação ficar incontrolável". E sublinhou vaticinou: "O PS é um partido democrático, onde não há lugar para arruaceiros. As responsabilidades nacionais do partido exigem um clima de serenidade e de respeito mútuo. Se o PS não souber resolver democraticamente os seus problemas internos corre o risco de perder o país."
Para Alberto Costa, são "inaceitáveis e graves os insultos e tentativas de agressão a António Costa". E defende que eles "têm a gravidade de virem do interior do PS".. O deputado acrescentou, lembrando a história do partido: "Insultos e agressões de que no passado alguns de nós fomos vítimas, como aconteceram com Mário Soares."