Aguiar-Branco diz que Governo está “empenhado” de “forma coesa” em “salvar” o Estado
Aguiar-Branco salientou que "todos os ministros do CDS-PP e do PSD" estão "
empenhados nisso". O ministro da Defesa vincou que o “desafio” do Governo, desde que tomou posse, “é salvar o Estado, Portugal e, como é óbvio, o estado social”.O ministro, que falava aos jornalistas, em Beja, após uma cerimónia militar na Base Aérea nº. 11, reagia às declarações de Paulo Portas, o líder do CDS-PP, partido que integra a coligação governamental, que tinha afirmado querer manter o modelo social europeu, defendeu a realização de reformas “necessárias” e recusou um “Estado mínimo”, prometendo empenho dos democratas-cristãos na “redução estrutural da despesa”.
Paulo Portas, também ministro dos Negócios Estrangeiros, que falava aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho Nacional do CDS-PP, tinha dito ainda que os conselheiros nacionais do partido expressaram que o Orçamento do Estado para 2014 terá que ser diferente do de 2013.
Questionado sobre se encarava as declarações do líder do CDS-PP como um “recado” ao PSD, Aguiar-Branco respondeu: “Não. Até acho que Paulo Portas, com certeza, já vem fazendo isso desde sempre. Todos nós [Governo]. É uma situação normal”.
“É normal também que, mesmo dentro do CDS-PP, a defesa do Estado social ocorra”, disse, lembrando que o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, “é um ministro do CDS-PP”. Portanto, “não é hoje, seguramente, que esse desafio de tentarmos salvar o Estado Social acontece, pelo contrário”, afirmou.
Por outro lado, “todos nós [Governo] desejamos, até ao limite das nossas forças, que em 2014 consigamos uma situação melhor do que em 2013. É por isso, aliás, que está o Governo todo empenhado, de uma forma solidária”, rematou.
O ministro da Defesa participou esta sexta-feira, em Beja, na cerimónia de aceitação da última de cinco aeronaves Lockheed P-3C CUP+Orion que resultaram da modernização de cinco aeronaves P3-C que o Estado português comprou em 2005 já desactualizadas.
Através do programa de modernização de frotas da Força Aérea Portuguesa, o Estado, para substituir a frota de seis aeronaves P-3P com mais de 20 anos e 25 mil horas de voo, comprou, em 2005, à marinha de guerra holandesa, cinco aviões Lockheed P3-C ORION, já desactualizados, com 20 anos e que foram modernizados, num investimento total de 185 milhões de euros.