Cartas à Directora

Dennis: o homem que repara as mulheres

Quero agradecer ao PÚBLICO (à jornalista Andrea Sanches, em particular) o facto de dar a conhecer aos seus leitores um verdadeiro herói, mais que uma vez nomeado para Nobel da Paz e um dos "maiores especialistas mundiais na reparação e tratamento de danos físicos provocados por violações", o ginecologista congolês Denis Mukwege (1955).

Há muita gente, muitos portugueses (como eu) que, com certeza, gostariam de cumprimentá-lo e felicitá-lo pela ação humanitária meritória e louvável que ele tem vindo a desenvolver junto das mulheres violentadas de forma "indescritível " no seu país. O número de mulheres que tratou, mais de 21 mil, é absurdo e mostra bem a situação política e social que se vive na República Democrática do Congo.

Denis fez uma declaração que se pode aplicar em muitas outras situações: "Tem que se desarmar as cabeças destas pessoas". Não é preciso viver no Congo para ter este desejo: desarmar cabeças, mudá-las (também as portuguesas).

Conhecer pessoas como Denis, um "cidadão do mundo", é inspirador para todos nós.

Tragam-nos mais notícias e reportagens que têm como protagonistas homens e mulheres como este congolês, que não pára e não tem medo de fazer o bem, não obstante ser vítima, também ele, de ameaças de morte. 

"Não se pode dizer que é impossível. Não se pode desistir, não se pode deixar de fazer alguma coisa".

Céu Mota, Sta. Maria da Feira

Sines a fazer História

Os alicerces da nação portuguesa começaram a desenhar-se com o cabouqueiro da independência de Portugal D. Afonso Henriques em 1112, e a verdade é que a independência do nosso país fez com que, lutando sozinhos durante muitos séculos, tenhamos alcançado grandes feitos, os quais têm vindo a enriquecer a nossa história.

Mas a história de Portugal, é feita todos os dias com gente que dá o melhor de si para melhorar a imagem do país, e esse esforço é visível quando temos a noção de que existindo condições, elas devem ser aproveitadas em prol dessa imagem que se quer de um país que responde com eficácia aos novos desafios.

MSC Maria Elena é o nome de um navio de contentores que no dia 12 de Junho fez escala no Terminal XXI do Porto de Sines, contribuindo para mais um mês com um registo histórico, em que um só navio atingiu mais um recorde ao movimentar 6762 teus.

Mas o mês de Junho foi também o mês em que aquele terminal recebeu 96 navios porta contentores, movimentando cerca de 140.947 mil teus, o que dá uma imagem da grandiosidade do projecto Porto de Sines, que teve a sua raiz no dia 19 de Junho de 1971, e que se afirma hoje como um projecto de sucesso.

Américo Lourenço, Sines

Para onde foi o dinheiro que emprestaram à Grécia?

Só a Marinha grega, segundo consta no Jane’s Fighting Ships, tem:

12 submarinos (9 construídos na Alemanha e 3 na Grécia mas de planos e componentes comprados à Alemanha;

14 fragatas (4 alemãs e 10 holandesas);

E dezenas de outros navios de menor tonelagem.

E o equipamento dos outros ramos das Forças Armadas?

Como é pouca a sua indústria, a quem adquirem a esmagadora maioria dos electrodomésticos? E os carros?

E não vão recebendo juros dos empréstimos? Quando mercados cobram juros agiotas de 20%, não recuperaram o capital emprestado em 5 anos?

“Coitados” dos credores da Grécia. E são maioritariamente alemães!

António José de Matos Nunes da Silva, Oeiras  

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