Cartas à Directora

Miguel Gaspar

Morreu Miguel Gaspar, morreu o director adjunto do "PÚBLICO", jornal que ocupa um lugar à parte em Portugal e entre os leitores que apreciam o trabalho inteligente. Mas não morreu, de todo, o jornalista. Pode deixar de haver "uma linha a mais", saída da sua pena, mas o trabalho feito não se apaga, não morre. (…) Miguel Gaspar era da nossa "família".

Joaquim A. Moura, Penafiel

(…) É difícil aceitar a morte de alguém que nos é familiar, de alguém que escreve tão bem e cujas crónicas de domingo, numa interpretação de uma foto, eram uma delícia para mim ler ao domingo. (…)

Céu Mota, Sta. Maria da Feira

 

Há muita fome

Vi na TV que há fome em Campanhã – Porto. Claro que não é só lá, infelizmente. Mas neste caso, atrasos de entidades oficiais no envio do dinheiro de subsídios atribuídos, está a esmagar completamente a sobrevivência de muitas famílias.

Ao que chegámos! As lágrimas caem de muitas almas desesperadas mas também daqueles que não podem fazer nada mais do que ajudar a reclamar. E saem para a rua engrossando as manifestações gritando com alma as injustiças.

E há muitos outros que tentam mostrar que há outros caminhos, que ainda há soluções. Mas tanto aos gritos das ruas como à tentativa de conversa de outros, quem manda está surdo, mesmo quando os assuntos são abordados na Casa da Democracia. Mas não se pode desistir! A comunicação social não poderá dar oportunidade a quem mostra outras alternativas?

Maria Clotilde Moreira, Algés

 

Pior seria impossível

A prestação da selecção portuguesa no Campeonato do Mundo em futebol, no Brasil, tem sido tão má, que pior seria impossível. Começando com uma horrível exibição perante a Alemanha, a réstia de esperança que ainda restava para o jogo com os EUA desmoronou-se com o empate final, ficando somente a desilusão dos sonhos acalentados que nos impingiriam virarem realidade. E, agora, com o Gana, não se vislumbram ganas suficientes para sairmos do limbo a caminho do céu, pois, o inferno é que está mais certo. E, com tanta osteoporose escondida e artrite reumatóide a rodos, os jogadores, presos por arames, caem como tordos no campo verdejante da nossa esperança perdida. Perante tão triste comportamento da selecção das quinas, parece-nos que até uma qualquer brigada do reumático melhor desempenho faria.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

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