Cartas à directora

A greve do lixo

Ao contrário do que acontecia num passado recente, uma parte da população compreende (e parece aceitar melhor) as razões de quem faz greve, não tanto pelas razões efetivas da mesma (transferência de competências da CML para as juntas de freguesia, transferência de trabalhadores, descentralização de competências, etc.., etc...), mas sim pelo "especial" contexto socioeconómico que o país atravessa.

As greves (um direito, talvez irrevogável, mas "nunca fiando"!!!!) são hoje mais bem toleradas do que acontecia há dois/três anos. Quem já passou pelo "mundo autárquico" decerto conhece a "força" do sector da Higiene Urbana e afins e da máquina que, quase sempre, está "a montante".Uma coisa é certa, temos aqui um problema que urge ultrapassar, o que só se tornará possível pela via do diálogo, construtivo, sério e ponderado.

Se o bem-estar da população (residente e de quem cá trabalha) não for por si só suficiente, haverá que preservar a imagem da cidade perante todos, incluindo os muitos que nos visitam nesta época do ano. Um episódio destes pode prejudicar aquilo que leva anos a "construir", e, conhecendo as "partes" em confronto, julgo que já quase todos entenderam que terão algo a ceder.

João Barreta, Lisboa

 

PL, Partido Livre 

Tenho pensado no novo partido que Rui Tavares quer lançar ou criar, depois de deixar o BE, que, como diz Vasco Pulido Valente, está “hoje defunto”.

Será que há alguma necessidade do PL, Partido Livre, ou de qualquer outro partido novo em Portugal?

Não são já mais que suficientes os que existem? Não serão todos eles bons partidos? Não terão eles bons princípios, bons ideais, excelentes intenções?

Não será antes urgente uma renovação dentro de cada um deles? Um “refrescamento”, uma revisão dos seus programas e ideais?

E, sobretudo, um reanimar dos seus elementos?

Porém, há algo que me atrai nesta atitude corajosa do deputado independente do Parlamento Europeu: este homem sonha! Acredita em utopias. E isso, sim, tem de ser apreciado e tido como exemplar num país em "apatia e falta de iniciativa" (palavras de Nuno Frazão, gestor do 1.º Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social) ou num país que não se sabe se está a "bater no fundo". Segundo Nogueira Pinto, "bater no fundo é optimista, sabe-se que depois subimos". Para este advogado e professor universitário, o mal não está no povo português, nem no país em si. O problema está em quem nos dirige. Ora é isso – o problema está nas lideranças e eu tenho medo de mais um líder que não sabe liderar...

Novos partidos, não! Melhores partidos, sim, por favor!!

Céu Mota, St. Maria da Feira

 
 
 
 

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