Susan Sarandon lamenta comentários em manifestação pró-Palestina

Actriz, que viu a agência que a representava retirar o seu nome da lista de clientes, reconheceu o “erro terrível” que cometeu no discurso que fez.

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Susan Sarandon diz continuar empenhada “na paz, na verdade, na justiça e na compaixão por todas as pessoas” Reuters/LUCAS JACKSON
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A actriz Susan Sarandon reflecte, nas redes sociais, sobre as palavras que disse, numa manifestação pró-Palestina, considerando que o que disse foi “um erro terrível”.

Sarandon foi dispensada pela sua agência de talentos depois de, num comício em Nova Iorque de apoio à causa palestiniana, a actriz, de 77 anos, ter observado que “há muita gente que tem medo, que tem medo de ser judeu nesta altura”. E concluiu que os judeus na América “estão a sentir o gosto do que é ser muçulmano” naquele país, numa declaração que foi interpretada como um incentivo ao sentimento anti-semita.

Agora, numa declaração publicada nas redes sociais, Sarandon explica que o comício em que participou reunia “um grupo diversificado de activistas” e que tinha como objectivo “chamar a atenção para a urgente crise humanitária em Gaza e apelar a um cessar-fogo”. E salienta que “não tinha planeado falar”. Fê-lo quando foi convidada a subir ao palco e, avalia agora, não se expressou da melhor forma.

“Pretendendo transmitir a minha preocupação com o aumento dos crimes de ódio, disse que os judeus americanos, alvos de um ódio anti-semita crescente, estão a sentir o gosto do que é ser muçulmano neste país, tantas vezes sujeito a violência. Esta frase foi um erro terrível.”

A artista considera que o que disse poderá ser entendido que os “os judeus eram estranhos à perseguição até há pouco tempo, quando o contrário é que é verdade”.

“Lamento profundamente ter diminuído esta realidade e ter magoado pessoas com este comentário”, escreveu, concluindo que continuará empenhada “na paz, na verdade, na justiça e na compaixão por todas as pessoas” e deixando a esperança de que haja “vontade de dialogar, especialmente com aqueles de quem discordamos”.

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