“Até tenho vergonha de dizer quanto ganho de reforma”

Histórias de quatro mulheres que trabalharam toda a vida e têm reformas de pouco mais de 400 euros.

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Rosa, Delfina e Cristina trabalharam como empregadas internas toda a vida Nelson Garrido
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Aos 69 anos, Conceição Almeida ainda se recorda bem das inúmeras vezes em que as mulheres da fábrica de confecções em que trabalhava, na Maia, questionavam o chefe directo sobre o porquê de os seus salários serem mais baixos dos que os dos colegas do sexo masculino. “Quantas vezes falámos nisso, mas não adiantou nada. Diziam sempre que eles eram homens e que tinha de haver uma diferença, que as mulheres ganhavam sempre menos”, conta. Essa diferença pesa no valor da reforma que agora ganha, e que não lhe chega para estar sem trabalhar. “Continuo a trabalhar, até de muletas”, conta.

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