“Até tenho vergonha de dizer quanto ganho de reforma”
Histórias de quatro mulheres que trabalharam toda a vida e têm reformas de pouco mais de 400 euros.
Aos 69 anos, Conceição Almeida ainda se recorda bem das inúmeras vezes em que as mulheres da fábrica de confecções em que trabalhava, na Maia, questionavam o chefe directo sobre o porquê de os seus salários serem mais baixos dos que os dos colegas do sexo masculino. “Quantas vezes falámos nisso, mas não adiantou nada. Diziam sempre que eles eram homens e que tinha de haver uma diferença, que as mulheres ganhavam sempre menos”, conta. Essa diferença pesa no valor da reforma que agora ganha, e que não lhe chega para estar sem trabalhar. “Continuo a trabalhar, até de muletas”, conta.
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