Vitalina Varela: “Tinha a cruz de Cristo nos ombros, não me podia mexer. Quando caiu, fiquei livre”

Pedro Costa bateu à porta de uma casa na Cova da Moura. Vitalina Varela abriu. Anos depois, fizeram um filme onde esta mulher cabo-verdiana narra a sua história, em crioulo. “O meu marido morreu, fiquei sozinha e agora sou livre”, diz-nos a actriz em entrevista na Cova da Moura, onde vive. O filme é também “a metade feminina” de uma viagem iniciada em Juventude em Marcha, confessa o realizador.

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Ela chega no escuro da noite, descalça, pé ante pé a descer as escadas do avião. A recebê-la está um grupo de mulheres com a farda das limpezas. Uma delas abraça-a. “Aqui em Portugal não há nada para ti. (…) volta para a tua terra”, diz-lhe em crioulo — a língua da actriz e a língua do filme Vitalina Varela.

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