CIA faz tweets de captura de Bin Laden "como se estivesse a acontecer agora"

Agência americana criticada por esta acção no Twitter.

Foto
Imagem de arquivo de Bin Laden AFP

Quem começar agora a seguir a CIA na rede social Twitter terá a sensação de estar a recuar no tempo: “3:39 pm EDT – Osama Bin Laden encontrado no terceiro andar e morto #UBLRaid”. Cinco anos depois da morte do líder da Al-Qaeda, a agência de segurança americana decidiu assinalar o dia com uma série de tweets minuto a minuto recriando a operação que acabou na captura de Osama bin Laden, “como se estivesse a acontecer hoje”.

Bin Laden foi morto a 1 de Maio de 2011, em Abbottabad, no Paquistão, por uma equipa de forças especiais, a Navy Seal, numa operação ultra-secreta. O anúncio de que essa operação seria “tweetada” com a hashtag #UBLRaid foi feito à 13h33 locais (18h33 em Lisboa). Imediatamente choveram comentários criticando a decisão. Para além das frases sobre as movimentações da equipa de comandos no terreno, há fotografias da maquete da casa onde Bin Laden vivia escondido, ou dos membros da Administração responsáveis pela segurança enquanto acompanhavam a operação na “Situation Room”.

Dá conta de dois helicópteros a aproximarem-se do complexo em Abbottabad e de um deles a despenhar-se, “mas o ataque continua sem atrasos nem feridos”.

“A captura de Bin Laden foi um dos maiores êxitos dos serviços de inteligência de sempre”, afirmou o porta-voz da CIA, Ryan Trapani, citado pela ABC News. “No quinto aniversário, faz sentido recordar o dia e prestar homenagem a todos os que tiveram algum envolvimento neste feito”. O mesmo responsável lembrou que não foi a primeira vez que a agência marcou desta forma um acontecimento importante da sua história.

Entre os críticos da iniciativa está Seymour Hersh, jornalista de investigação, vencedor de vários Pulitzers, refere o Guardian. Hersh argumenta que a versão oficial de que Bin Laden foi capturado com base em informações dos serviços secretos é falsa. Segundo o jornalista,  líder da Al-Qaeda foi denunciado por um responsável paquistanês a troco de uma recompensa de milhões de dólares.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários