Falso nome português serviu para terroristas arrendarem apartamento em Bruxelas

Autoridades belgas confirmam informação revelada pela TVI.

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O apartamento no bairro de Schaerbeek, de onde partiram os alegados autores do atentado no aeroporto de Bruxelas, foi arrendado sob falso nome português por um dos suspeitos, Ibrahim El Bakraoui, confirmou a Procuradoria Federal belga.

O cartão de identidade falsificado estava em nome de Miguel dos Santos, precisaram as autoridades belgas, confirmando uma informação divulgada pela TVI. As imagens transmitidas pela TVI mostram a foto de um cartão de identidade belga, no qual Ibrahim El Bakraoui aparece de cabeleira preta, aparentemente uma peruca, e com óculos.

Foi deste apartamento situado na rua Max Roos que os três assaltantes partiram, a 22 de Março, de táxi, em direcção ao aeroporto de Bruxelas, onde dois deles, incluindo Ibrahim El Bakraoui, um belga de 29 anos, se fizeram explodir. O terceiro elemento, o "homem do chapéu", continua a ser procurado.

O imóvel tinha sido comprado há menos de seis meses por um português ligado ao sector da construção que vive na Bélgica, segundo a TVI24.

Um importante arsenal foi descoberto no apartamento, designadamente 15 quilos de explosivos, 150 litros de acetona, dois detonadores e diversos ingredientes para a confecção de engenhos explosivos, disse o procurador belga ligado à investigação.

A polícia localizou o apartamento graças ao testemunho do taxista que conduziu os três terroristas até ao aeroporto de Bruxelas e que identificou as fotos dos terroristas difundidas pelas autoridades belgas.

Segundo a TVI24, cinco homens viviam ou estavam de passagem neste apartamento.

Os atentados terroristas de 22 de Março, no aeroporto e na estação de metro de Maelbeek, em Bruxelas, causaram 32 mortos e 340 feridos.