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EUA matam número dois do Estado Islâmico

Mustafa al-Qaduli era visto como o segundo homem mais poderoso na organização jihadista e o provável sucessor do líder, Abu Bakr al-Baghdadi.

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Pensa-se que al-Afri fosse o provável sucessor do actual califa AFP/Departamento de Estado dos EUA

Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira a morte de um dos líderes mais destacados do grupo do autoproclamado Estado Islâmico na Síria. O líder jihadista era conhecido por vários nomes, incluindo o de Abu Ala al-Afri e Mustafa al-Qaduli, e visto como o segundo homem na linha de comando da organização terrorista e possível sucessor do autodesignado "califa", Abu Bakr al-Baghdadi. O Pentágono não explica de que forma foi morto o jihadista, sugerindo não ter sido através de um bombardeamento, como é habitual e foi avançado inicialmente. 

“Estamos gradualmente a eliminar o governo do Estado Islâmico”, declarou o secretário norte-americano da Defesa, Ashton Carter, anunciando que era provável que outras operações nos últimos dias tenham eliminado também o responsável pelas finanças do grupo, Haji Iman, para além de outros líderes destacados. Ainda na última semana, os Estados Unidos reivindicaram a morte daquele que era dado como o ministro da defesa do grupo, Omar al-Shishani, conhecido como "o tchetcheno" — apesar de ser natural da Geórgia. 

Na conferência de imprensa desta sexta-feira, porém, Carter pediu prudência. “Atingir a liderança é necessário”, disse, “mas, como sabem, está longe de ser suficiente”. “Os líderes podem ser substituídos. Estes líderes já lá estavam há algum tempo — são figuras de topo, experientes e eliminá-los é um objectivo e resultado importante. Serão substituídos e continuaremos a ir atrás da liderança.”

Em Bruxelas, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que a mais recente vaga de atentados do grupo Estado Islâmico na Europa é um reflexo das derrotas territoriais na Síria e Iraque. "A razão pela qual o Daech está a recorrer a acções fora do Médio Oriente é a de que a sua fantasia de um "califado" está a colapsar-se diante dos seus olhos", disse, usando um acrónimo depreciativo e em árabe para o grupo.

Enquanto Kerry falava na capital belga, o exército sírio progredia sobre Palmira, onde esta sexta-feira capturou a citadela e se posicionou para a reconquista das ruínas da cidade património da humanidade da UNESCO

O secretário de Estado americano aterrou esta sexta-feira na capital belga para um encontro com o primeiro-ministro, Charles Michel, e para participar numa cerimónia de homenagem às vítimas dos atentados de 22 de Março   entretanto cancelada devido à vaga de rusgas em curso no centro de Bruxelas. No final do encontro com Michel, John Kerry recusou criticar as autoridades belgas, acusadas de terem subestimado alertas sobre um dos terroristas que se fez explodir na terça-feira e por não terem sido capazes de impedir um ataque da mesma rede que há quatro meses matou 130 pessoas em Paris. 

Apesar disso, o secretário de Estado admitiu haver "espaço para uma melhor coordenação" e prometeu ajuda da parte das autoridades norte-americanas. "Vamos colaborar com eles especificamente para ajudar na coordenação do fluxo de informação", afirmou Kerry, admitindo que pelo menos duas vítimas dos atentados são norte-americanos. "Quero que saibam que rezamos por vós e que estamos de luto pelos entes queridos que nos foram cruelmente roubados", disse.

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