FBI poderá ter ajuda israelita para contornar a Apple

Empresa israelita estará a ajudar as autoridades norte-americanas a desbloquear o iPhone de um dos autores do atentado em San Bernardino.

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Tim Cook, o patrão da Apple, voltou esta semana a reafirmar a sua oposição ao pedido do FBI LUCY NICHOLSON/REUTERS

A empresa israelita Cellebrite estará a assistir as autoridades norte-americanas nos esforços para desbloquear um iPhone utilizado por um dos autores do atentado terrorista em San Bernardino, no estado norte-americano da Califórnia.

A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo jornal israelita Yedioth Ahronoth, que não credita fontes, e surge dois dias depois do Departamento de Justiça dos EUA ter desistido de uma etapa de uma batalha legal para obrigar a Apple, fabricante do smartphone, a desbloquear o aparelho. A empresa dirigida por Tim Cook, recorde-se, recusa colaborar com as autoridades por entender que tal seria um precedente potencialmente perigoso para o direito dos cidadãos à privacidade.

Ao prescindir da primeira audiência do processo, que não está definitivamente encerrado, o Departamento de Justiça indicou ao tribunal do condado californiano de Riverside que “uma entidade externa mostrou ao FBI um método possível para desbloquear o iPhone”. Essa entidade poderá então ser a Cellebrite, uma subsidiária hebraica da japonesa Sun Corp.

Na segunda-feira, e durante a apresentação do novo iPhone SE, Tim Cook reafirmou a posição da Apple no diferendo. “Cremos que temos a responsabilidade de proteger os vossos dados e a vossa privacidade. Não nos vamos demitir dessa responsabilidade”, declarou o CEO da tecnológica. “Precisamos de decidir, enquanto nação, que poder o Governo deve ter em relação aos nossos dados”, afirmou ainda.

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