Cartas à Directora
Guerra a guerra, prolonga a guerra
A guerra não pode ser uma resposta avisada e séria aos assassinatos do Estado islâmico (ISIS). Não se homenageiam os inocentes concidadãos europeus mortos em Paris, com mais mortes. Não se tem lido, ouvido ou visto que, uma das causas destas inqualificáveis atrocidades, é resultado da coligação Bush/Blair/Aznar e Durão Barroso que, reunidos na cimeira dos Açores, decidiram invadir e bombardear unilateralmente o Iraque do tirano Saddam Hussein. Recordemo-nos que foi no Iraque que o ISIS iniciou a actividade terrorista e fundamentalista criminosa. Outra causa, centra-se no maior foco incendiário, o maior conflito no Médio Oriente – a disputa olho por olho, dente por dente – entre as bombas israelitas e as pedras palestinianas. Este é um conflito entre o Ocidente e o Islão e enquanto não houver uma solução que contemple as partes, a guerra “santa” – continuará... O fim da avalanche mortífera do ISIS passa, também, por alguns países do Ocidente não lhes venderem armas e nem lhes comprarem petróleo para não continuar a alimentar-lhes os crimes. É preciso barrar o armamento a localizados países árabes para que não possam municiar os assassinos.
A Europa tem que continuar a ser um continente livre, onde as liberdades não podem ser limitadas por medidas ultra-securitárias.
Vítor Colaço Santos, S. João das Lampas
Será bom para o país?
Desde 04/10/15, dia das últimas eleições, tenho estado atento ao desenrolar dos acontecimentos. De facto, durante a minha vida já longa não ouve nada parecido com isto. Escrevi no PÚBLICO, dia 18/07/14, quando ninguém acreditava, que a coligação no governo, poderia vir a ganhar as eleições legislativas. E ganhou. Também escrevi várias vezes em vários jornais que devia ser dada uma oportunidade à esquerda radical de governar durante algum tempo para mostrarem o que valem, uma vez que sempre condenaram tudo o que os diversos governos fizeram com algum jeito. Afinal num golpe inédito, vão participar num governo capitaneado pelo PS, que perdeu as eleições e é o partido que mais anos governou e que por três vezes conduziu o país à beira da bancarrota. Será bom para o país? A breve trecho se verá.
Guilherme da Conceição Duarte, Lisboa
O PÚBLICO ERROU
No artigo intitulado “O segredo de Costa e César” afirma-se que a Constituição refere o verbo “indigitar” para designar o acto de nomeação do primeiro-ministro pelo Presidente da República. Ora o que o artigo 187, nº1 diz, é: “O primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República (…)”. Ou seja, o verbo é “nomear” e não indigitar, como erradamente se afirmou no referido artigo. Do lapso, pedimos desculpa aos nossos leitores.