Base da Ryanair em Lisboa arranca com quatro novas rotas
Companhia de aviação low cost anunciou nesta quinta-feira que fará um investimento 66 milhões de euros na operação.
Os quatro destinos são Dole, Manchester, Marselha e Pisa, elevando para nove o número de destinos servidos a partir da capital. A transportadora irlandesa fará 124 voos por semana a partir da base, que já prometia há muitos anos.
A Ryanair começou por pressionar a gestora aeroportuária portuguesa ANA a reduzir as taxas cobradas às companhias de aviação para instalar a operação em território nacional. O presidente da empresa, Michael O’Leary, chegou a pedir descontos de 50%.
Depois de o tema da nova base, a 65.ª da empresa e a terceira em Portugal (também está no Porto e em Faro), ter estado durante muitos meses na agenda mediática, a low cost começou a operar os primeiros voos em Lisboa em Novembro e, nesta quinta-feira, anunciou que o próximo grande passo será dado em Abril.
No ano passado, a ANA veio esclarecer que a entrada da Ryanair na capital não tinha sido “objecto de qualquer negociação e será regulada pelas condições gerais aplicáveis a qualquer outra companhia área no aeroporto de Lisboa”. Ou seja, foram simplesmente atribuídos slots [faixa horárias para realização de voos] à transportadora.
A Ryanair garante que a abertura da nova base, onde vai instalar um avião, irá movimentar 900 mil passageiros e criar 900 postos de trabalho directos e indirectos, apoiando-se nos cálculos internacionais que indicam que, por cada milhão de passageiros, são criados até 1000 empregos.
Num comunicado enviado às redacções, David O’Brien, director comercial da empresa, afirma que “as quatro novas rotas de Lisboa irão permitir que os consumidores portugueses e os visitantes escapem às tarifas altas da TAP”.
Neste momento, a companhia já faz ligações a quatro destinos a partir de Lisboa: Paris, Bruxelas (embora o número de frequências vá aumentar com a utilização de um novo aeroporto, o de Charleroi), Frankfurt e Londres.