Fundos para ferrovia em bitola europeia realocados neste quadro comunitário

O ministro da Economia disse hoje que vai haver um redireccionar de fundos para a ferrovia em bitola europeia neste e no próximo quadro comunitário de apoio para reduzir até 20% os custos para as empresas.

“Tendo a ferrovia a mesma dimensão que o resto da Europa vai diminuir os custos entre 15 e 20 por cento para as nossas empresas. Obviamente que neste e no próximo quadro comunitário de apoio infraestruturas como essas são fundamentais para nós”, afirmou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, no final de um dia de visitas a empresas no concelho de Vila Nova de Gaia, que culminou na Arcen.

Em resposta a perguntas dos jornalistas sobre o realocar de fundos anteriormente destinados à alta velocidade, o ministro respondeu que “neste e no próximo quadro comunitário de apoio claramente que isso vai acontecer”.

Para o ministro, o fundamental é que as infraestruturas existentes “ajudem a baixar os custos” das empresas.

O ministro da Economia afirmou hoje que a aposta na ferrovia em bitola europeia é “prioritária” para o Governo, cuja posição está “em perfeita sintonia com o que a Comissão Europeia tem vindo a defender a nível europeu”.

Confrontado com a notícia de hoje do jornal Sol de que o Governo português terá “segurado” 300 milhões de euros que o Banco Europeu de Investimento tinha garantido ao projecto do TGV, Álvaro Santos Pereira limitou-se a confirmar “negociações” a este nível.

O Governo conseguiu garantir nas últimas semanas pelo menos 300 milhões de euros que o Banco Europeu de Investimento tinha garantido ao projecto do TGV, assegurando uma taxa de juro abaixo dos 6 por cento com maturidade média de 27 anos, notícia hoje o semanário Sol.

De acordo com o jornal, o secretário de Estado dos Transportes foi a Bruxelas na semana passada confirmar ao comissário europeu dos Transportes e a um representante do Governo espanhol que Portugal vai lançar um concurso para a construção do troço entre Évora e Caia, perto de Badajoz, “que permitirá completar a ligação entre o Porto de Sines e a Europa, ainda que obrigando à modernização da restante linha até Évora”.

Só assim, acrescenta o jornal, é que Portugal pode manter os 192 milhões de euros de fundos para projectos de infraestruturas transeuropeias que estão presos ao TGV, acrescenta o semanário, que explica que, assim, ficam garantidos 492 milhões de euros para o novo projecto, que até podem chegar aos 792 milhões.

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