O homem de 36 anos, que não foi identificado pelas autoridades, vivia separado da sua mulher e três filhos no cantão de Schwyz, a cerca de 80 quilómetros de Würenlingen, uma povoação com cerca de 4500 habitantes. Ainda eram casados, mas a mulher e filhos moravam numa instituição social.

Numa conferência de imprensa, domingo de manhã, a polícia cantonal de Aargau disse que o homem matou primeiro os sogros e o seu irmão e só depois foi à casa da quarta vítima. Não é sabido ainda quando e onde o homem se suicidou.

O seu irmão tinha 32 anos, o sogro 58 anos e a mulher deste 57. A quarta vítima, da qual não se sabe ainda que relação mantinha com o autor dos disparos, tinha 46 anos. 

A arma de fogo utilizada pelo suspeito não estava registada e o homem tinha um historial de comportamentos violentos: foi processado por danos corporais duas vezes, em 2007 e 2012, como adianta a AFP. A sua residência foi revistada no âmbito deste último processo, em Abril deste ano, mas não foram encontadas armas de fogo. 

Os jornais locais dão conta de relatos em que os vizinhos dizem ter ouvido tiros depois das 23h. Num dos locais, a polícia encontrou vários corpos, quer no interior quer no exterior de um prédio. 

A Suíça, apesar de recentemente ter sido classificada como o país no mundo onde os cidadãos são mais felizes, é também uma das nações onde há mais armas em circulação, tendo em conta a dimensão da sua população. Segundo a AFP, estima-se que existam entre 2,3 a 4,5 milhões de armas na Suíça, que tem uma população de oito milhões de habitantes. Desta forma, apenas os Estados Unidos, o Iémen e a Sérvia ficam à sua frente em número de armas por habitantes.

Dramas com armas de fogo estão por isso a tornar-se mais frequentes: em Novembro de 2014, um homem de nacionalidade portuguesa matou a sua ex-mulher e o novo marido desta, antes de se suicidar. Os cadáveres foram descobertos num parque de estacionamento. E em 2013, um tiroteio numa carpintaria industrial, perto de Lucerna, fez cinco mortos.

Também Würenlingen já tinha sido palco de um homicídio múltiplo. A 13 de Dezembro de 1985, o agente imobiliário Alfredo Lardelli abateu a tiro o marido da antiga companheira e duas prostitutas. Está agora a cumprir uma pena de 20 anos de prisão. 

Notícia corrigida às 07h24 do dia 11 de Maio.