União Europeia aprova envio de militares para treinar Exército do Mali
Serão 200 especialistas e irão acompanhados de um grupo de elementos de segurança. Não foram ainda revelados que países vão participar nesta missão.
Segundo uma fonte diplomática citada pela agência Reuters, a decisão estava a ser preparada há já algumas semanas e foi agora aprovada numa reunião de ministros de Negócios Estrangeiros sobre a crise no Sara. A missão será composta por 200 militares com formação para dar treino e por elementos de segurança. Não foram anunciados ainda que países vão integrar o grupo.
Para já, apenas a França está a combater no terreno – com tropas em terra e no ar – as forças islamistas que tomaram uma parte do país – 1400 soldados franceses estão agora no Mali e combatem há uma semana, confirmou o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, citado pela AFP.
"Há combates [com caças] e no solo. Há combates neste momento", disse Le Drian sobre quarta-feira à noite.
Na noite de quarta para quinta-feira os combates entre as forças governamentais e as islamistas foram muito violentos perto da cidade de Konna (Região Centro do país). Terá sido a tomada desta cidade pelos islamistas que levou à decisão francesa de intervir militarmente, segundo uma fonte militar que falou com a AFP. Soldados franceses já estão a apoiar as forças do Mali naquela zona, disse o capitão Saliou Coulibaly. "Seis islamistas foram mortos e conseguimos recuperar oito veículos e destruir mais alguns".
Jean-Yves Le Drian reconheceu que Konna ainda não tinha sido reconquistada, sendo considerada uma cidade estratégica no avanço (ou na travagem) dos islamistas em direcção a Bamaco, a capital do Mali.
Em Diabali (cidade na Região Oeste), os combates fazem-se "corpo a corpo" e nesta frente estão membros das forças especiais francesas.
Na manhã desta quinta-feira as autoridades de Bamaco anunciaram ter enviado reforços para uma cidade próxima da capital (e da fronteira com a Mauritânia), Banama, devido à concentração de guerrilheiros islamistas. Tropas nigerianas são esperadas na zona para combater ao lado das forças governamentais.