Turquia acusa dois sírios pelo afogamento de Aylan Kurdi

O menino morreu afogado depois de o barco onde seguia com a família com destino a Kos, na Grécia, ter naufragado.

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Aylan Kurdi morreu numa praia turca a 2 de Setembro AFP

Procuradores turcos pedem 35 anos de prisão para dois homens sírios acusados de envolvimento no afogamento de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos que morreu a 2 de Setembro depois de o barco onde seguia com a família rumo a Kos, na Grécia, ter naufragado.

No dia seguinte ao acidente no mar, no qual outros nove refugiados morreram, quatro suspeitos foram detidos pelas autoridades turcas por servirem de intermediários em travessias ilegais no Mar Egeu. Os dois homens, de origem Síria, são acusados de homicídio por negligência e de tráfico de seres humanos, de acordo com a agência de notícias oficial turca Anadolu.

A acusação foi encaminhada para o tribunal criminal de Bodrum e a investigação continua a decorrer, na tentativa de identificar mais quatro suspeitos turcos e dois sírios que alegadamente cooperaram na travessia.

O menino, a mãe, Rihan e o seu irmão, Galip, de quatro anos, acabaram por morrer quando tentavam chegar à Europa via Grécia, depois de lhes ter sido negado o pedido de asilo ao Canadá, onde uma tia do menino, Teema Kurdi, vivia há cerca de 20 anos.

Depois da morte de Aylan ter chocado o mundo, as autoridades canadianas concederam estatuto de refugiado no país ao pai da criança, Abdullah Kurdi, a dois tios e cinco primos do menino. Aylan foi sepultado em Kobani, bem como a mãe e o irmão.  

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, estima-se que cerca de 1,9 milhões de refugiados tenham pedido asilo na Turquia, na grande maioria sírios.

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