Supremo ordena detenção do primeiro-ministro paquistanês
O chefe do Governo está alegadamente envolvido num caso de corrupção sobre projectos energéticos.
Segundo o tribunal, enquanto ministro da Água e da Energia, Ashraf “violou o princípio da transparência, portanto o seu envolvimento na obtenção de benefícios financeiros fora do mesmo, cedendo à corrupção e a práticas corruptas não pode ser anulado”.
Fawad Chaudhry, um conselheiro do primeiro-ministro, disse que a decisão é inconstitucional.
Além da detenção do chefe do Governo, o Supremo ordenou também a detenção de outros 15 acusados, incluindo o antigo ministro das Finanças, Shaukat Tareen.
A ordem de detenção do primeiro-ministro surge num período de grande tensão no Paquistão. Desde segunda-feira que milhares de pessoas protestam no centro da capital, Islamabad, contra a “incompetência” e a “corrupção” das autoridades e a exigir a demissão do Governo.
Ashraf foi nomeado primeiro-ministro em Junho, em substituição de Yousouf Raza Gilani, que obrigado a deixar as suas funções pelo Supremo Tribunal depois de se ter recusado a reabrir um inquérito antigo sobre um caso de corrupção que envolvia o Presidente Asif Ali Zadari, co-dirigente do Partido do Povo do Paquistão (PPP), com Ashraf.