De acordo com os estudos de opinião publicados na sexta-feira nos jornais Yomiuri e Nikkei, os liberais-democratas (conservadores) poderão conseguir a maioria dos 480 lugares da câmara baixa do Parlamento de Tóquio. Juntando os deputados do seu aliado Partido Komeito, essa maioria pode ser de dois terços o que, diz a análise da agência Reuters, poderá fazer regressar o Japão, que é a terceira economia do mundo (mas os números mostram que se vai afundando) à normalidade depois de seis anos de bloqueios políticos. Em seis anos, o Japão teve outros tantos primeiro-ministros.A BBC diz que o voto dos indecisos - entre 30 e 50% a poucas semanas das eleições - pode ser essencial para determinar por que maioria ganharão os conservadores, mas não deve alterar a tendência de voto. O actual primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, do Partido Democrático do Japão, e de acordo com as sondagens, não deverá ir além dos 70 lugares na câmara baixa do parlamento, o pior resultado desde que a formação política surgiu, em 1998.O novo partido de tendência de direita, o Partido da Restauração do Japão, fundado pelo popular presidente da câmara de Osaka, Toru Hashimoto, e agora liderado pelo nacionalista Shintaro Ishihara, poderá chegar aos 50 lugares o que, para uma jovem formação, será um excelente resultado.Desde 2007 que os primeiro-ministros não tiveram maiorias na câmara alta do Parlamento, o que significa que a legislação foi sendo sistematicamente chumbada. As eleições de domingo para a câmara baixa são um prenúncio do que poderá mudar também aqui, com os conservadores a apostarem num bom resultado em Junho, quando se realizarem eleições para preencher perto de metade dos lugares desta câmara.